23 janeiro 2013

Sobre o uso da língua portuguesa e a "cultura jovem"

É motivo do mais profundo lamento o fato de que entre os rituais de sociabilização contemporâneos, pelo menos no Brasil, inclua-se a demonstração de uma ignorância e de uma insegurança, reais ou fingidas, com respeito à língua portuguesa. É ainda mais lamentável o fato de que tais ignorância e insegurança, reais ou fingidas, persistem com o passar do tempo e que o que podia ser inicialmente fingido e o que podia ser apenas um ritual de sociabilização torna-se parte da cultura "jovem". 

E - sem querer ser misoneísta - também é fato que a internet estimula o pior dessa ignorância. Assim, é quase impossível ouvir conversas de jovens - não somente de adolescentes, mas também de adultos jovens, isto é, daqueles até a casa dos 25 anos - sem que erros crassos de português apresentem-se, além dos temíveis "tipo", "tipo assim", "saca", "mano", "véio", "véi" e por aí vai. 

Ser "maneiro" exige que não se conheça a língua e/ou que não se a use corretamente: muito, muito lamentável.

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