17 dezembro 2015

Juiz "filho de Ogum" nega a laicidade do Estado

Sendo claro e direto: não importa se esse juiz é filho de Ogum, pai de santo, crente ou carola. O Estado é laico, ele está errado e ele foi contra a lei. Aliás, ele foi duplamente contrário à lei: (1) ao profusamente embasar sua decisão em motivos religiosos e (2) ao considerar como aceitável o apoio público a uma igreja.

Pelo jeito, o desrespeito ao Estado laico praticado pelos cristãos já contamina as religiões afrobrasileiras.

A postagem original encontra-se disponível aqui.

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ARMAS DE JORGE

Ao julgar construção de igreja pelo Estado, ministro recita Oração de São Jorge


Antes de começar o voto em que defendia que manifestações religiosas não ferem o princípio da laicidade do Estado, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, pediu licença. Queria recitar a Oração de São Jorge, aquela que fala das roupas e das armas de Jorge.
O caso discutia a construção da Igreja de São Jorge, no Rio de Janeiro, com dinheiro do Estado, autorizada pelo então governador César Maia. Napoleão, relator do recurso na 1ª Turma, foi o vencedor. Defendeu que o princípio da laicidade estatal não impede o Estado de promover ações em favor da religiosidade de uma comunidade.
“Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar”, entoou.
Depois, fez um retrospecto da história das religiões e das manifestações religiosas no Brasil. “Eu mesmo sou filho de Ogum”, disse, lembrando dos orixás do Candomblé para falar do sincretismo religioso no país. Ogum é o senhor da guerra e do ferro, comumente associado a São Jorge, o santo guerreiro da Igreja Católica.

 é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.

15 dezembro 2015

Comemorações de 228 (2016)

NOME
VIDA
CALENDÁRIO
J.-G.
384 ac-322 ac
Aristóteles
26.fev-25.mar
1266-1290
19 de São Paulo
8.jun
1547-1616
4 de Dante
19.jul
384 ac-322 ac
10 de César
2.maio
1466-1536
5 de Descartes
12.out
1723-1816
25 de Descartes
1.nov
253 ac-184 ac
12 de César
4.maio
129-216
5 de Arquimedes
30.mar
1516-1565
26 de Dante
10.ago
1737-1816
18 de Bichat
20.dez
1161-1216
21 de Carlos Magno
8.jul
1766-1844
20 de Gutenberg
1.set
1646-1716
21 de Descartes
28.out
1766-1817
24 de Dante
8.ago
254 ac-184 ac
16 de Homero
13.fev
1653-1716
6 de Bichat
8.dez
1564-1616
Shakespeare
10-set-7.out
1616-1703
9 de Bichat
11.dez
FONTE: Wikipédia; “Apêndice” de Apelo aos conservadores (autoria de Augusto Comte; Rio de Janeiro: Igreja Positivista do Brasil, 1899), organizado por Miguel Lemos.
NOTAS:
1.     As datas de vida foram pesquisadas na internet (basicamente na wikipédia), considerando que esse procedimento permitiria obter o que há de mais atualizado a respeito das diversas biografias; além disso, cotejaram-se essas datas com as disponíveis no “Apêndice” do Apelo aos conservadores.
2.     Letras maiúsculas em negrito: nomes de meses.
3.     Letras maiúsculas simples: chefes de semanas.
4.     Letras em itálico: tipos adjuntos, considerados titulares nos anos bissextos.
5.     Os artigos da Wikipédia foram selecionados basicamente em português, mas em diversos casos ou só havia em outra(s) língua(s) ou eram melhores em outra(s) língua(s) (francês, inglês, espanhol).


27 novembro 2015

Reginaldo Prandi: "Terrorismo contra o Estado laico"

Artigo de opinião publicado em 27.11.2015, na Folha de S. Paulo; a versão eletrônica original pode ser lida aqui.

Um aspecto central da argumentação de R. Prandi e R. W. Santos é a seguinte: não foi a civilização "cristã" que foi alvejada no dia 13.11, mas a instituição da laicidade. Além disso, noto que esse aspecto é determinante, tanto para o Ocidente quanto para os terroristas: há séculos o Ocidente não se caracteriza mais pelo "cristianismo", mas pela laicidade crescente e pela tolerância. A laicidade do Estado, aliás e não por acaso, é repudiada pelo Islã.

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REGINALDO PRANDI E RENAN WILLIAM DOS SANTOS

Terrorismo contra o Estado laico

Ouvir o texto

Além do abominável dano real das vidas perdidas, os ataques terroristas têm um efeito essencialmente simbólico. Seu verdadeiro alvo é a autoimagem da sociedade golpeada. Em um ato que se expande para além dos corpos mortos e feridos, o objetivo fundamental é atingir, pelo terror, a alma da própria civilização do país agredido.

Foi assim com as torres gêmeas, derrubadas no 11 de Setembro de 2001. Suas ruínas simbolizaram o fim do sentimento norte-americano de invulnerabilidade.

Já a França, o país com maior população muçulmana da Europa ocidental, atacada de novo, agora pelo Estado Islâmico, representa historicamente o que esses fanáticos mais querem ver destruídas: as barreiras que separam o Estado da religião. Para esse terrorismo, que ataca em qualquer lugar, porque por toda parte pode enxergar a negação de seus valores, a França é o ícone máximo da civilização edificada com aquela separação. O ataque a Paris é, acima de tudo, um ataque ao Estado laico.

Esqueça a liberdade de pensamento, a liberdade de ter qualquer crença, ou nenhuma. Esqueça a igualdade de direitos e deveres entre cidadãos, independentemente da filiação religiosa. Esqueça a autonomia do Estado frente à religião.

O que esses terroristas querem é um mundo "livre" de tudo isso, no qual é justo matar quem tenha crenças diferentes das deles. No qual seja legítimo excluir quem não professe a religião "certa". No qual o Estado seja o braço armado a serviço da perseguição de fins religiosos, ou inspirados por uma leitura particular da religião.

Nas democracias do mundo secularizado, intoleráveis para aqueles religiosos intolerantes, o que evidentemente não inclui todos os religiosos, as religiões podem ter participação ativa na esfera política, desde que aceitem as regras do jogo: seus representantes devem ser democraticamente eleitos, pelo voto, e não conduzidos ao poder pelo carisma religioso ou cargo eclesiástico.

Mesmo aderindo às regras da representação democrática, contudo, os fundamentalistas, islâmicos ou não, ainda se enfrentariam com um Estado laico, que garante a livre escolha religiosa, mas submete as "leis de Deus", estabelecidas pela resolução teológica baseada em verdades imutáveis e mandamentos escritos em um texto sagrado, ao crivo das "leis dos homens", criadas pela deliberação política e sempre sujeitas a mudanças.

Um Estado que certamente condenaria Abraão por tentativa de infanticídio, por mais que ele acreditasse estar seguindo uma ordem divina ao pretender sacrificar o próprio filho.

No fim das contas, essa variante da religião que se manifesta no terror teria, para se firmar, que pôr a sociedade ocidental, e outras, de cabeça para baixo. Como fez o cristianismo, com ações não menos agressivas, com sociedades indígenas e do velho paganismo.

De todo modo, a matança em Paris pode ter feito crescer, aos olhos do mundo ocidental, a aversão a essa mistura promíscua entre religião e poder político. Ao invés de destruir, a ação terrorista pode ter acrescentado algumas fileiras de tijolos nos muros que separam o Estado da religião nas democracias do mundo contemporâneo. E tijolos mais firmes do que nunca, porque assentados com argamassa do sangue de inocentes.


REGINALDO PRANDI, 69, é professor sênior do Departamento de Sociologia da USP e autor, entre outros livros, de "Os Mortos e os Vivos" (ed. Três Estrelas).
RENAN WILLIAM DOS SANTOS, 23, é mestrando em sociologia na USP e bolsista da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

25 novembro 2015

Volumes da Biblioteca Positivista

Eis abaixo a relação dos volumes indicados por Augusto Comte para a Biblioteca Positivista, a partir de sua indicação em francês. 

Hoje, mais de 150 anos após sua propositura, muitos desses livros são raros, embora não impossíveis de serem obtidos em suas versões impressas: por exemplo, na Estante Virtual (www.estantevirtual.com.br), na Amazon (www.amazon.com) e no Abebooks (www.abebooks.com) é possível encontrá-los.

Mas, para quem tiver interesse em obter e ler os volumes em inglês ou francês no computador ou nos aparelhos de leitura (tablets), também é possível obter esses volumes no projeto Archive (https://archive.org/), que digitalizou centenas de milhares de livros sobre os quais já não incidem direitos autorais; assim, são volumes gratuitos.

Sobre a Biblioteca Positivista: é necessário notar que os títulos indicados por Augusto Comte são, o mais das vezes, apenas indicações dos títulos ou, em muitos casos, indicações gerais das obras. 

Alguns exemplos: 

1) de modo geral não há, comercialmente, os "teatros escolhidos", pois a seleção seria feita justamente por A. Comte ou por outros positivistas. 

2) Os Elogios dos cientistas (Éloges des savants) de Fontenelle e de Condorcet são nomes gerais: Fontenelle, que foi secretário da Academia de Ciências da França, proferia discursos sobre as vidas e as obras dos membros da Academia; assim, a busca deve ser feita por meio do nome do autor, não da obra. 

3) Da mesma forma, quando A. Comte recomenda a leitura dos Mondes (Mundos), também de Fontenelle, ele refere-se ao livro Entretiens sur la pluralité des mondes (Diálogos sobre a pluralidade dos mundos) - de que há edições comerciais em português, aliás.

Por fim, deve-se notar que essa relação é ao mesmo tempo teórica e histórica; os livros indicados servem para permitir ao seu leitor ter uma compreensão geral da realidade, tanto humana quanto cósmica. No caso dos livros da quarta seção ("Síntese" - Filosofia, Moral e Religião), o aspecto histórico fica bastante evidente, pois A. Comte recomenda livros que vêm desde a Antigüidade até os temos atuais, passando pela Idade Média.

Da mesma forma, convém notar que tais livros são para a instrução do proletariado europeu, e especificamente francês; nos dias correntes, além da inclusão de livros mais atuais, seria necessária a introdução de textos sobre outras civilizações, de modo a acompanharmos a feliz ampliação das perspectivas para todo o globo.

De qualquer maneira, esses livros compõem um curso geral para qualquer ser humano. Aquilo que se cobra do Ensino Médio - perspectivas gerais sobre a realidade - está aí indicado com clareza.

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BIBLIOTECA DO PROLETÁRIO
NO SÉCULO XIX[1]

Aconselhada pelo autor do Sistema de filosofia positiva e do Sistema de política positiva

150 VOLUMES
EQUIVALENTES AOS DA COLEÇÃO CHARPENTIER

(EM FRANCÊS)
(EM PORTUGUÊS)
1º POÉSIE  (trente volumes).
1º POESIA (30 volumes)


L'ILIADE et l'ODYSSÉE (traduction Bitaubé), réunies en un même volume, sans aucune note.
Ilíada e Odisséia, reunidas em um único volume, sem nenhuma nota
ESCHYLE (traduction de La Porte du Theil) et ARISTOPHANE (traduction Artaud), idem.
Ésquilo e Aristófanes, reunidas em um único volume, sem nenhuma nota
L'OEDIPE-Roi de Sophocle.
Édipo-rei, de Sófocles
THÉOCRITE (traduction F. Didot), suivi de DAPHNIS et CHLOÉ (traduction Amyot et Courier), idem.
Teócrito, seguido de Dafne e Cloé, reunidos em um único volume, sem nenhuma nota
PLAUTE (traduction Naudet) suivi de TÉRENCE (traduction Dacier) sans aucune note.
Plauto, seguido de Terêncio, sem nenhuma nota
VIRGILE (traduction Delille) suivi d'HORACE choisi (traduction Vanderburg) sans aucune note.
Virgílio, seguido de Horácio escolhido, sem nenhuma nota
OVIDE (traduction Saint-Ange), TIBULLE (traduction Panckouke), et JUVÉNAL (traduction Fabre), idem.
Ovídio, Tibulo e Juvenal, sem nenhuma nota
FABLIAUX DU MOYEN AGE, recueillis par Legrand d'Aussy.
Fábulas da Idade Média, recolhidas por Legrand d’Aussy
DANTE, ARIOSTE, TASSE, et PÉTRARQUE choisi (réunis en un seul volume italien).
Dante, Ariosto, Tasso e Petrarca escolhido (reunidos em um único volume italiano)
Les THÉÂTRES choisis de Métastase et d'Alfieri (dans un même volume italien).
Os teatros escolhidos de Metastásio e Alfieri (em um mesmo volume italiano)
LES FIANCÉS, par Manzoni (un seul volume italien).
Os noivos, de Manzoni (um único volume italiano)
Le DON QUICHOTTE et les NOUVELLES de Cervantes (dans un même volume espagnol).
Dom Quixote e Novelas exemplares, de Cervantes (em um mesmo volume espanhol)
Le THÉÂTRE ESPAGNOL choisi (recueil à former convenablement, en un seul volume espagnol).
Teatro espanhol escolhido (seleção a compor convenientemente, em um único volume espanhol)
Le ROMANCERO ESPAGNOL choisi (en un seul volume espagnol).
O romanceiro espanhol escolhido (em um único volume espanhol)
Le THÉÂTRE choisi de P. Corneille.
Teatro escolhido de Pierre Corneille
MOLIÈRE Complet.
Molière completo
Les THÉÂTRES choisis de Racine et de Voltaire (réunis en un seul volume).
O teatro escolhido de Racine e de Voltaire (reunidos em um único volume)
Les FABLES de La Fontaine, suivies de quelques FABLES de Florian.
As fábulas de La Fontaine, seguidas de algumas fábulas de Florian
GIL BLAS, par Lesage.
Gil Blás, de Lesage
LA PRINCESSE DE CLÈVES, PAUL ET VIRGINIE, et LE DERNIER ABENCERRAGE (à réunir en un seul volume).
A princesa de Clèves (de Mme. La Fayette), Paulo e Virgínia (de Saint-Pierre) e O último abencerage (de Chateaubriand) (a reunir em um único volume)
LES MARTYRS, par Chateaubriand.
Os mártires, de Chateaubriand
Le THÉÂTRE choisi de Shakespeare.
Teatro escolhido de Shakespeare
LE PARADIS PERDU et les POÉSIES LYRIQUES de Milton.
Paraíso perdido e poesias líricas de Milton
ROBINSON CRUSOÉ, et LE VICAIRE DE WAKEFIELD (à réunir en un seul volume).
Robinson Crusoé (de Daniel Defoe) e O vigário de Wakefield (de Oliver Goldsmith) (a reunir em um único volume)
Tom JONES, par Fielding (en anglais, ou traduit par Chéron).
Tom Jones, de Henri Fielding
Les sept chefs-d'œuvre de Walter Scott.
IVANHOÉ, QUENTIN DURWARD, LA JOLIE FILLE DE PERTH, L'OFFICIER DE FORTUNE, LES PURI­TAINS, LA PRISON D'ÉDIMBOURG, L'ANTI­QUAIRE.
As sete obras-primas de Walter Scott: Ivanhoé, Quentin Durward, A alegre filha de Perth, O oficial da fortuna, Os puritanos, A prisão de Edinburgo, O antiquário
Les Oeuvres choisies de Byron (en supprimant surtout le DON JUAN).
Obras escolhidas de Byron (suprimindo sobretudo o Don Juan).
Les Oeuvres choisies de Goethe.
Obras escolhidas de Goethe
LES MILLE ET UNE NUITS.
As mil e uma noites

2º SCIENCE  (trente volumes).
2º CIÊNCIA (30 volumes)


L'ARITHMÉTIQUE de Condorcet, l'Algèbre et la Géométrie de Clairaut, plus la TRI­GONOMÉTRIE de Lacroix ou de Legendre (à réunir en un seul volume).
A Aritmética de Condorcet, a Álgebra e a Geometria de Clairaut, mais a Trigonometria de Lacroix ou de Legendre (a reunir em um único volume)
La GÉOMÉTRIE ANALYTIQUE d'Auguste Comte, précédée de la GÉOMÉTRIE de Descartes.
A Geometria Analítica de Augusto Comte, precedida pela Geometria de Descartes
La STATIQUE de Poinsot, suivie de tous ses mémoires sur la mécanique.
A Estática de Poinsot, seguida de todas as suas memórias sobre a Mecânica
Le COURS D'ANALYSE de Navier à l'École Polytechnique, précédé des RÉ­FLEXIONS SUR LE CALCUL INFINITÉSIMAL, par Carnot.
O Curso de Análise de Navier na Escola Politécnica, precedido das Reflexões sobre o cálculo infinitesimal, de Carnot
Le COURS DE MÉCANIQUE de Navier à l'École Polytechnique, suivi de l'ESSAI SUR L'ÉQUILIBRE ET LE MOUVEMENT, par Carnot.
O Curso de Mecânica de Navier na Escola Politécnica, seguido do Ensaio sobre o equilíbrio e o movimento, de Carnot
La THÉORIE DES FONCTIONS, par Lagrange.
A Teoria das funções, de Lagrange
L'ASTRONOMIE POPULAIRE d'Auguste Comte, suivie des MONDES de Fontenelle.
A Astronomia popular de Augusto Comte, seguido dos Mundos de Fontenelle
La PHYSIQUE MÉCANIQUE de Fischer, traduite et annotée par Biot (dernière édition).
A Física Mecânica de Fischer, traduzida e anotada por Biot
L'ABRÉGÉ ALPHABÉTIQUE DE PHILOSOPHIE PRATIQUE, par John Carr.
O Resumo alfabético de filosofia prática, de John Carr
La CHIMIE de Lavoisier.
A Química, de Lavoisier
La STATIQUE CHIMIQUE, par Berthollet.
A Estática química, de Berthollet
Les ÉLÉMENTS DE CHIMIE, par James Graham.
Os Elementos de Química, de James Graham
Le MANUEL D'ANATOMIE, par Meckel.
O Manual de Anatomia, de Meckel
L'ANATOMIE GÉNÉRALE de Bichat, précédée de son TRAITÉ SUR LA VIE ET SUR LA MORT.
A Anatomia Geral, de Bichat, precedida de seu Tratado sobre a vida e a morte
Le premier volume du TRAITÉ de Blainville SUR L'ORGANISATION DES ANI­MAUX.
O primeiro volume do Tratado de Blainville sobre a Organização dos animais
La PHYSIOLOGIE de Richerand (dernière édition, annotée par Bérard).
A Fisiologia de Richerand (última edição, anotada por Bérard)
La PHYSIOLOGIE de Cl. Bernard, précédée de l'ESSAI SYSTÉMATIQUE SUR LA BIOLOGIE, par Segond.
A Fisiologia de Claude Bernard, precedida do Ensaio sistemático sobre a Biologia, de Segond
La PHILOSOPHIE ZOOLOGIQUE de Lamarck.
A Filosofia zoológica, de Lamarck
L'HISTOIRE NATURELLE de Duméril (dernière édition).
A História natural, de Duméril (última edição)
Les DISCOURS SUR LA NATURE DES ANIMAUX, par Buffon.
O Discurso sobre a natureza dos animais, de Buffon
L'ART DE PROLONGER LA VIE HUMAINE, par Hufeland, précédé du TRAITÉ SUR LES AIRS, LES FAUX, ET LES LIEUX, par Hippocrate, et suivi du livre de Cornaro SUR LA SOBRIÉTÉ (à réunir en un seul volume).
A arte de prolongar a vida humana, de Hufeland, precedida do Tratado sobre os ares, os fogos e os lugares, de Hipócrates, e seguido do livro de Cornaro Sobre a sobriedade (a reunir em um único volume)
L'HISTOIRE DES PHLEGMASIES CHRONIQUES, par Broussais, précédée de ses PROPOSITIONS DE MÉDECINE.
A História das flegmasias crônicas, de Broussais, precedida de suas Proposições de Medicina
Les ÉLOGES DES SAVANTS, par Fontenelle et Condorcet.
Os Elogios dos cientistas, de Fontenelle e Condorcet

3º HISTOIRE  (soixante volumes).
3º HISTÓRIA (60 volumes)


L'ABRÉGÉ DE GÉOGRAPHIE UNIVERSELLE, par Malte-Brun.
O Resumo de Geografia universal, de Malte-Brun
Le DICTIONNAIRE GÉOGRAPHIQUE de Rienzi.
O Dicionário geográfico, de Rienzi
Les VOYAGES de Cook, et ceux de Chardin.
As Viagens de James Cook e as de Chardin
L'HISTOIRE DE LA RÉVOLUTION FRANÇAISE, par Mignet.
A História da Revolução Francesa, de Mignet
Le MANUEL DE L'HISTOIRE MODERNE, par Heeren.
O Manual de História moderna, de Heeren
Le SIÈCLE DE Louis XIV, par Voltaire.
O Século de Luís XIV, de Voltaire
Les MÉMOIRES de Mme de Motteville.
As Memórias, de Mme. Motteville
Le TESTAMENT POLITIQUE de Richelieu, et la VIE DE  CROMWELL (à réunir en un seul volume).
O Testamento político de Richelieu e a Vida de Cromwell (a reunir em um único volume)
Les MÉMOIRES de Benvenuto Cellini (en italien).
As Memórias de Benvenuto Cellini
Les MÉMOIRES de Commines.
As Memórias de Commines
L'ABRÉGÉ DE L'HISTOIRE DE FRANCE, par Bossuet.
O Resumo da História da França, de Bossuet
Les RÉVOLUTIONS D'ITALIE, par Denina.
As Revoluções da Itália, de Denina
L'ABRÉGÉ DE L'HISTOIRE D'ESPAGNE, par Ascargorta.
O Resumo da História da Espanha, de Ascargorta
L'HISTOIRE DE CHARLES-QUINT, par Robertson.
A História de Carlos V, de Robertson
L'HISTOIRE D'ANGLETERRE, par Hume.
A História da Inglaterra, de David Hume
L'EUROPE AU MOYEN AGE, par Hallam.
A Europa na Idade Média, de Hallam
L'HISTOIRE ECCLÉSIASTIQUE, par Fleury.
A História eclesiástica, de Fleury
L'HISTOIRE DE LA DÉCADENCE ROMAINE, par Gibbon.
A História da decadência romana, de Gibbon
Le MANUEL DE L'HISTOIRE ANCIENNE, par Heeren.
O Manual de História Antiga, de Heeren
TACITE complet (traduction Dureau de La Malle).
Tácito completo
THUCYDIDE ET HÉRODOTE (à réunir en un seul volume).
Tucídides e Heródoto (a reunir em um único volume)
Les VIES de Plutarque (traduction Dacier).
As Vidas de Plutarco
Les COMMENTAIRES de César, et l'ALEXANDRE d'Arrien (à réunir en un seul volume).
Os Comentários de César e o Alexandre de Arrien (a reunir em um único volume)
Le VOYAGE D'ANACHARSIS, par Barthélemy.
A Viagem de Anarcarsis, de Barthélemy
L'HISTOIRE DE L'ART CHEZ LES ANCIENS, par Winckelmann.
A História da arte entre os antigos, de Winckelmann
Le TRAITÉ DE LA PEINTURE, par Léonard de Vinci (en italien).
O Tratado da pintura, de Leonardo da Vinci
Le COURS DE DESSIN, par A. Etex.
O Curso de desenho, de A. Etex
Les MÉMOIRES SUR LA MUSIQUE, par Grétry.
As Memórias sobre a música, de Grétry

4º PHILOSOPHIE, MORALE ET RELIGION
(trente volumes).
4º FILOSOFIA, MORAL E RELIGIÃO (30 volumes)


LA POLITIQUE d'Aristote, et sa MORALE (à réunir en un seul volume).
A Política de Aristóteles e sua Moral (a reunir em um único volume)
La BIBLE Complète. Le CORAN complet.
A Bíblia completa. O Alcorão completo
LA CITÉ DE DIEU, par saint Augustin.
A Cidade de deus, de Santo Agostinho
LES CONFESSIONS de saint Augustin, suivies du TRAITÉ SUR L'AMOUR DE DIEU, par saint Bernard.
As Confissões de Santo Agostinho, seguidas do Tratado sobre o amor de deus, de São Bernardo
L'IMITATION DE JÉSUS-CHRIST (l'original et la traduction en vers de Corneille).
A Imitação de Jesus Cristo
Le CATÉCHISME DE MONTPELLIER, précédé de l'EXPOSITION DE LA DOCTRINE CATHOLIQUE par Bossuet, et suivi des COMMENTAIRES SUR LE SERMON DE J.-C., par saint Augustin.
O Catecismo de Montpellier, precedido pela Exposição da doutrina católica de Bossuet e seguido dos Comentários sobre o sermão de J.-C., de Santo Agostinho
L'HISTOIRE DES VARIATIONS PROTESTANTES, par Bossuet.
A História das variações protestantes, de Bossuet
Le DISCOURS SUR LA MÉTHODE, par Descartes, suivi du Novum ORGANUM de Bacon.
O Discurso sobre o método, de Descartes, seguido do Novum Organum, de Bacon
Les PENSÉES de Pascal, suivies de celles de Vauvenargues, et des CONSEILS D'UNE MÈRE, par Mme de Lambert.
Os Pensamentos de Pascal, seguidos pelos de Vauvenargues e dos Conselhos de u’a mãe, de Mme. de Lambert
Le DISCOURS SUR L'HISTOIRE UNIVERSELLE, par Bossuet, suivi de l'ESQUISSE HISTORIQUE, par Condorcet.
O Discurso sobre a História universal, de Bossuet, seguido do Esboço histórico de Condorcet
Le TRAITÉ DU PAPE, par de Maistre, précédé de la POLITIQUE SACRÉE, par Bossuet.
O Tratado sobre o papa, de de Maistre, precedido pela Política sagrada, de Bossuet
Les RAPPORTS DU PHYSIQUE ET DU MORAL DE L'HOMME, par Cabanis.
As Relações entre o físico e o moral do homem, de Cabanis
Le TRAITÉ SUR LES FONCTIONS DU CERVEAU, par Gall, précédé des LETTRES SUR LES ANIMAUX, par Georges Leroy.
O Tratado sobre as funções do cérebro, de Gall, precedido pelas Cartas sobre os animais, de Georges Leroy
La PHILOSOPHIE POSITIVE d'Auguste Comte (six volumes), et sa POLITIQUE POSITIVE (quatre volumes), plus son CATÉCHISME POSITIVISTE.
A Filosofia positiva de Augusto Comte (seis volumes) e sua Política positiva (quatro volumes), mais seu Catecismo positivista
L'HISTOIRE DE LA PHILOSOPHIE, PAR G. H. Lewes.
A História da filosofia, de G. H. Lewes


N. B.: Esta biblioteca será redutível a 100 volumes após a regeneração da educação ocidental.

Augusto COMTE,
(rua Monsieur le Prince, 10)
Paris, 24 de Gutemberg de 64 (sábado, 4 de setembro de 1852)





[1] Fonte: Auguste Comte, Catéchisme positiviste, p. 22. Disponível em: http://classiques.uqac.ca/classiques/Comte_auguste/catechisme_positiviste/catechisme_positiviste.html; acesso em: 24.11.2015.