No dia 23 de Carlos Magno de 170 (9.7.2024) realizamos nossa prédica positiva, dando continuidade à leitura comentada do Catecismo positivista, em sua duodécima conferência, dedicada ao exame da evolução histórica da Humanidade, em particular do fetichismo e do politeísmo.
No sermão apresentamos algumas considerações filosóficas, morais e sociológicas sobre os chamados "manuais de autoajuda".
Antes do sermão insistimos que na semana passada o nosso canal Positivismo, no Youtube, foi censurado. (Ver aqui e aqui.)
A prédica foi transmitida nos canais Positivismo (aqui: https://l1nq.com/sxcYl) e Igreja Positivista Virtual (aqui: https://l1nk.dev/05OYN).
Os horários de cada parte são os seguintes:
0 min 0 s: início
14 min 40 s: indicação das efemérides
18 min 10 s: aviso de férias
19 min 41 s: notícia sobre a censura sofrida
30 min 21 s: leitura comentada do Catecismo Positivista
1 h 05 min 57 s: início do sermão
2h 15 min 28 s: exortações finais
2 h 23 min 10 s: término
As anotações que serviram de base para a exposição oral encontram-se reproduzidas (e atualizadas) abaixo.
* * *
Sobre os manuais de autoajuda
(Prédica
de 23 de Carlos Magno de 170/9.7.2024)
1. Exortações
e comentários iniciais:
1.1. Exortações:
1.1.1. Sejamos
altruístas!
1.1.2. Façamos
orações!
1.1.3. Façamos
trocas:
1.1.3.1.
Idéias, sentimentos, experiências: conversemos!
1.1.3.2.
Façam o Pix
da Positividade! (Chave pix: ApostoladoPositivista@gmail.com)
1.2. Efemérides:
1.2.1. 28
de Carlos Magno: 14 de julho, início da grande crise ocidental (Revolução
Francesa)
1.3. Aviso:
férias entre 24 de Carlos Magno (10 de julho) e 22 de Dante (5 de agosto)
2. Censura
do canal Positivismo (Youtube.com/ThePositivism), pelo Youtube
2.1. Ocorrida
nos dias 2 e 3 de julho, em um total de 18 vídeos e proibindo também a
realização de eventos ao vivo
2.2. Aparentemente,
foi uma censura automática, realizada pela suposta “inteligência artificial”
2.2.1. Alegadamente,
porque os nossos vídeos infringiram os “parâmetros da comunidade”
2.2.2. Os
parâmetros alegados para censura são: estímulo à violência, estímulo a crimes,
instruções para violência e para crimes, pornografia infantil, estímulo à
violência autoinflingida: evidentemente,
nenhum desses parâmetros aplica-se ao nosso canal
2.2.3. Mas
como se trata de um processo obscuro, em que não se sabe como começa nem como é
processado, infelizmente não se pode descartar censura realizada por
adversários (retrógrados e/ou revolucionários)
3. Leitura
comentada do Catecismo positivista
3.1. “Conclusão”
do livro, duodécima conferência: evolução histórica da religião, em particular
do fetichismo e do politeísmo
4. Sermão
da semana: sobre os manuais de autoajuda
4.1. Esse
tema foi sugerido por diversos motivos, que aparentemente são díspares mas que,
bem vistas as coisas, estão estreitamente relacionados:
4.1.1. Por
um lado, os chamados “manuais de autoajuda” são uma forma de literatura que há
algumas (duas ou três) décadas faz muito sucesso e que, ao fazer sucesso,
indica uma necessidade coletiva e individual – o que exige considerações da
parte da Religião da Humanidade
4.1.2. Por
outro lado, muitos livros sugeridos para leitura pelo Positivismo já foram considerados
como sendo de “autoajuda” – o que, evidentemente, também deve ser motivo de
reflexão
4.2. O
que são os chamados “manuais de autoajuda”?
4.2.1. São
livros escritos basicamente por estadunidenses (ou por autores influenciados
pela mentalidade própria aos Estados Unidos) que buscam oferecer orientação
para a vida dos leitores
4.2.2. Como
o rótulo geral sugere, é uma literatura que pretende fornecer orientação
individual, em que os leitores não precisam interagir com ninguém e podem atuar
com autonomia; além disso, essa orientação individual é dada na forma de
conselhos, regras, procedimentos etc.
4.2.3. Esses
conselhos são para as mais variadas áreas: sentimentos e emoções, carreiras e
negócios, condução de relacionamentos e criação de filhos, administração
financeira etc.
4.3. É
importante indicar a origem estadunidense devido a alguns traços gerais
bastante salientes
4.3.1. Esses
traços não estão sempre presentes, mas são muito comuns
4.3.2. Esses
traços são pelo menos três:
4.3.2.1.
Por um lado, o já indicado elemento
individualista da literatura: os conselhos dados são não somente para
indivíduos consumirem, mas o viés adotado é especificamente individualista, no sentido de que se
busca a satisfação estritamente
individual, egoísta, apesar e mesmo contra a sociedade e a sociabilidade
4.3.2.1.1.
A felicidade individual é um objetivo supremo e
em desconsideração com o bem comum
4.3.2.1.2.
Da mesma forma, a noção de self-made man com frequência é subjacente (ou até explícita)
4.3.2.1.3.
Nesse sentido, aliás, é uma pequena contradição
o nome geral dado a essa literatura – “manuais
de autoajuda” –, na medida em que a própria noção de manual, que são livros
escritos por outros para auxiliar coletivamente, é contrária à idéia de
individualismo egoísta
4.3.2.2.
Por outro lado, o aspecto comercial dos conselhos dados: os conselhos dados são vendidos
4.3.2.2.1.
O caráter comercial disso é tão intenso que, com
freqüência, considera-se que quanto mais caros, melhores seriam tais conselhos
4.3.2.3.
Em terceiro lugar, seja como parte das técnicas
de venda, seja como integrante da mentalidade teológica geral da cultura
estadunidense, há com frequência também um forte elemento miraculoso nos conselhos dados: são sempre conselhos
“revolucionários”, com efeitos milagrosos ou mágicos
4.4. Como
indicamos antes, muitos dos livros recomendados por Augusto Comte para leitura
apresentam um aspecto que, por vezes, são entendidos como sendo de “autoajuda”
4.4.1. Em
que consiste essa “autoajuda”? Consiste nas sugestões, nas recomendações, nos
conselhos práticos dados pelo autor para a condução cotidiana da vida do leitor
4.4.1.1.
Quais livros da Biblioteca Positivista
apresentam esse aspecto? Podemos indicar pelo menos os seguintes:
4.4.1.1.1.
A arte de
amar, de Ovídio
4.4.1.1.2.
A imitação
de Cristo, de Tomás de Kempis
4.4.1.1.3.
Autobiografia,
de Benjamin Franklin
4.4.1.1.4.
Máximas e reflexões,
de Vauvenargues
4.4.1.1.5.
Da sobriedade,
de Cornaro
4.4.1.1.6.
A arte de
prolongar a vida, de Hufeland
4.4.1.2.
A recomendação de livros assim e a consideração
de que eles seriam livros de autoajuda sugerem, ou exigem, reflexões tanto
sobre esses livros quanto sobre a literatura de autoajuda em geral
4.4.2. O
objetivo da inclusão desses livros na Biblioteca Positivista é bastante claro:
trata-se de oferecer conselhos e orientações práticos para que os indivíduos
possam conduzir suas vidas e que possam lidar com questões cotidianas; em
outras palavras, trata-se de ser útil, em um sentido bem prosaico
4.4.3. Em
outras palavras, essas recomendações são (1) feitas pelo sacerdócio positivo (2)
para estimular e auxiliar a reflexão individual
4.4.4. Vale
a pena entender essa “utilidade individual”:
4.4.4.1.
Por um lado, isso evidencia que a Religião da
Humanidade reconhece e busca satisfazer também as necessidades individuais
4.4.4.2.
Por outro lado, essa “utilidade” não esgota o
conceito de utilidade para o Positivismo: como sabemos, ela refere-se às necessidades
humanas em sentido amplo, começando pelas mais gerais (morais e coletivas),
passando pelas intelectuais e chegando às mais específicas (materiais e
individuais)
4.4.4.3.
Além disso, esse “individual” não é entendido
como isolado ou contrário à noção de coletividade; aliás, bem ao contrário,
trata-se de entender que, se a felicidade individual é legítima, sua satisfação
só resultará em harmonia coletiva (e individual!) se for entendida como
complementar ao bem-estar coletivo – e, como sabemos, essa complementaridade
justamente só ocorre quando a felicidade individual é orientada para o
bem-estar coletivo, ou seja, quando é orientada pelo altruísmo
4.4.5. Assim,
embora até se possa considerar que alguns livros recomendados pelo Positivismo
sejam de “autoajuda”, tais livros não têm em si mesmos os aspectos
individualistas, egoístas, antissociais próprios à atual literatura de
autoajuda, nem são recomendados com esse espírito
4.4.5.1.
Aliás, também não recomendamos livros a partir
de um espírito comercialista, nem espetacular nem miraculoso
4.5. Convém
entendermos sociologicamente o surgimento dos livros de autoajuda, isto é, da
literatura que atualmente é assim denominada e que se apresenta dessa forma
4.5.1. Antes
de mais nada, temos que ter em mente que todo
sistema filosófico, moral, religioso precisa de livros de divulgação e
vulgarização, não somente para exposição popular e simplificada da
doutrina, mas também para aplicação prática das suas idéias
4.5.1.1.
Assim, não
somente é correta, mas, mais do que isso, é necessária a elaboração de
livros, documentos e manuais práticos para a aplicação cotidiana de princípios
4.5.1.2.
Dessa forma, bem vistas as coisas, toda doutrina tem livros desse tipo, desde sempre: pensemos nos relatos mais
antigos, seja de Direito, como o Código de Hamurábi, seja de... Matemática,
como as tabuletas e os papiros egípcios, babilônicos, hindus etc.; ou Como tirar proveito dos seus inimigos e Como distinguir um bajulador de um amigo,
ambos de Plutarco; ou, então, na chamada literatura “espelho do príncipe”, que
eram conselhos dados pelos sacerdotes católicos para orientação prática dos
governantes; ou então, ainda no âmbito do catolicismo, livros como os Exercícios espirituais, de Santo Inácio,
ou A arte de aproveitar-se das próprias
faltas, segundo São Francisco de Sales, de José Tissot
4.5.1.3.
Talvez seja um sinal muito ruim considerarmos
que esses livros de aplicação prática individual sejam atualmente considerados
de autoajuda, devido ao intelectualismo e ao hermetismo que se considera que devem
ter os “verdadeiros” livros filosóficos e morais
4.5.2. Indicamos
antes que a atual literatura de autoajuda é de origem estadunidense e que, em
virtude disso, ela apresenta pelo menos três características muito marcantes, o
individualismo antissocial do self-made
man, o comercialismo e o caráter espetacular
4.5.2.1.
Todavia, esses três aspectos, embora sejam de
fato caracteristicamente estadunidenses, é importante indicar que eles são
contemporâneos; assim, eles são característicos do que se chama própria e
especificamente de “literatura de autoajuda”
4.5.2.2.
Os Estados Unidos têm uma tradição de obras de
orientação pessoal, como a já clássica Autobiografia
de Benjamin Franklin – que, aliás, como indicamos, também está na Biblioteca
Positivista – e os livros de Orison Swett Marden
4.5.2.2.1.
No caso do livro de Franklin, é notável que ele
tenha sido escrito sem referências teológicas, o que indica a emancipação do
antigo embaixador dos Estados Unidos
4.5.2.2.2.
Já os livros de Orison Marden combinam bom senso
comum e forte teologismo
4.5.3. Como
indicamos há pouco, os livros de regras e conselhos pessoais, então, apresentam
desde sempre o caráter de complementos de
atuação do sacerdócio, no sentido claro de oferecer sugestões práticas para
o dia-a-dia das pessoas
4.5.4. A
atual literatura de autoajuda, todavia, inverte e rejeita esse caráter de
complementaridade com o sacerdócio: claramente esses livros desconsideram o
fato de que são, e devem ser, apenas apoios, apenas secundários
4.5.4.1.
A separação dos livros de autoajuda em relação
ao sacerdócio tem que ser entendida em relação com a decadência (necessária) do
sacerdócio teológico, por um lado, e com a constituição do que se pode chamar
de “sacerdócio cientificista/metafísico” (que, por sua vez, ocorre na forma das
universidades, por um lado, e, por outro lado, da psiquiatria, das
psicoterapias e, ainda pior, das psicosseitas (como no caso exemplar da
psicanálise))
4.5.4.2.
Embora os antigos sacerdócios tivessem o grave
defeito de basearem-se na teologia, suas recomendações eram gratuitas e abertas
a todos e as falhas decorrentes da teologia eram corrigidas pelo bom senso
prático do sacerdócio
4.5.4.3.
As universidades ambigüamente rejeitam o antigo
sacerdócio, mas, ao mesmo tempo, rejeitam e impedem a constituição de um novo
sacerdócio positivo
4.5.4.3.1.
Essa rejeição/impedimento ocorre na forma da
rejeição de afirmarem-se como sacerdócio, na forma da cultura especializante,
na forma do absolutismo cientificista
4.5.4.4.
Em relação à psiquiatria: ela não é metafísica,
pelo menos não em princípio; sendo um ramo da Medicina, ela tem um forte
aspecto científico; entretanto, falta-lhe com freqüência a consideração e o
respeito ao aspecto humano da prática, seja em termos de respeito à
subjetividade, seja em termos de respeito à dignidade humana
4.5.4.4.1.
Esse é um problema geral da Medicina
contemporânea – aspecto que, aliás, Augusto Comte criticava e lamentava
4.5.4.5.
Da mesma forma, as psicoterapias, por si sós,
não são necessariamente metafísicas, embora um simples exame das teorias
psicoterápicas evidenciem com rapidez e clareza que muitas – muitas! – delas são extremamente
metafísicas
4.5.4.5.1.
Muitas psicoterapias, apesar de suas concepções
metafísicas, apresentam práticas concretamente positivas, o que acaba
tornando-as mais aceitáveis (ou menos criticáveis)
4.5.4.5.2.
Nas últimas décadas tem-se estabelecido um
consenso no sentido de que a psiquiatria e as psicoterapias devem andar de mãos
dadas, ou seja, que a parte farmacológica e a parte “empática” são
complementares
4.5.4.6.
Já as psicosseitas constituem-se em grupos
esotéricos e exotéricos, ou seja, são grupos restritos aos iniciados, com
procedimentos demorados, com resultados totalmente incertos e, ainda pior, muitas
vezes conscientemente caros
4.5.5. Um
aspecto muito saliente na atuação do que chamamos aqui de sacerdócio metafísico
– à parte o fato de que muitos deles são, efetivamente, metafísicos – é que só
acorre a ele quem está doente ou com problemas
4.5.5.1.
Importa reforçar: o antigo sacerdócio tinha uma
atuação universal e gratuita; ele foi substituído por grupos profissionais que
cobram por suas atuações mas que restringem essa atuação a quem enfrenta
problemas (e problemas “clínicos”)
4.5.6. Ora,
como deveria ser evidente, a atuação do
sacerdócio não pode limitar-se a quem tem problemas
4.5.6.1.
Inversamente, é necessário que médicos e
psicoterapeutas reconheçam adequadamente sua integração ao sacerdócio (e que, a
partir daí, orientem suas condutas profissionais)
4.5.6.2.
Um sinal bastante claro dessa rejeição (ou,
talvez, apenas incompreensão) do caráter sacerdotal dos “profissionais da
mente” é o fato de que muitos deles criticam os manuais de autoajuda (1)
pensando apenas em quem tem problemas e (2) considerando que apenas os próprios
“profissionais da mente” são capazes de oferecer orientação
4.5.6.2.1.
Dito isso, convém lembrarmos que há pessoas que
realmente precisam de auxílio profissional
4.5.6.3.
Por outro lado, bem vistas as coisas, temos que
reconhecer que o nosso comentário acima se defronta com uma ambigüidade: por um
lado, muitos “profissionais da mente” exigem de fato um exclusivismo daninho;
mas por outro lado, é necessário insistir muito que os livros de autoajuda são
apenas auxiliares do sacerdócio
4.5.6.3.1.
Importa insistir: a atual literatura de
autoajuda – ao basear-se no comercialismo, no individualismo extremo, em
garantias mágicas de solução – nega o caráter social e histórico do ser humano
e rejeita a atuação do sacerdócio
4.5.7. Não
somente a atuação do sacerdócio não pode limitar-se a quem tem problemas como
há muitas pessoas – na verdade, bem vistas as coisas, a maior parte das pessoas
e/ou na maior parte de suas vidas – que buscam orientação a partir da reflexão
pessoal, da leitura filosófica e/ou literária
4.5.7.1.
Além disso, há outras tantas pessoas que não
desejam ter que ir a um médico ou a um terapeuta – ou, então, que não têm
dinheiro e/ou tempo para isso
4.5.8. O
resultado geral do que comentamos até agora é o seguinte: trata-se de uma desarticulação
geral e necessária do antigo sacerdócio, sem que ele tenha sido adequadamente
substituído pelo novo; nesse sentido, a passagem da teologia para a ciência
limitou-se ao aspecto destruidor da metafísica e até da ciência, sem que a
atual constituição dos “profissionais da mente” seja realmente adequada às
necessidades sociais
4.5.9. Os
livros de autoajuda devem ser entendidos, então, como o resultado da degradação
extrema do antigo sacerdócio sem que o sacerdócio positivo tenha tido ainda
condições de estabelecer-se amplamente
4.5.9.1.
É claro que as características mais negativas
corretamente criticadas nos livros de autoajuda – comercialismo, individualismo
antissocial e até um mecanicismo mágico – integram plenamente essa decadência do
antigo sacerdócio sem substituição pelo novo
4.6.
Em
suma:
4.6.1.
Os
livros de autoajuda correspondem a uma versão contemporânea de uma literatura
historicamente muito comum, necessária e assessória da atuação sacerdotal
4.6.1.1.
Essa
literatura consiste em aplicações práticas e em exemplos concretos de regras
gerais, servindo para orientar a conduta cotidiana dos indivíduos
4.6.1.2.
Devemos
repetir o óbvio: todos nós precisamos de orientações desse tipo
4.6.1.3.
É
devido a essa necessidade que os livros de autoajuda têm tanto sucesso
4.6.2.
Os
livros de autoajuda – ao basearem-se no comercialismo, no individualismo
extremo, em promessas mágicas de solução – negam o caráter social e histórico
do ser humano e rejeitam a atuação do sacerdócio positivo: esses defeitos, por
si sós, já bastam para vermos com maus olhos essa literatura
4.6.3.
Além
disso, o sucesso contemporâneo dos livros de autoajuda – incluindo aí os seus
aspectos negativos, que infelizmente são parte importante de seu atrativo –
corresponde à degradação extrema do sacerdócio teológico, sem que o sacerdócio
positivo tenha ainda conseguido estabelecer-se plenamente (e, claro, por
definição, sem que o sacerdócio cientificista/metafísico tenha condições de realizar
essa tarefa)