No dia 14 de Carlos Magno de 171 (1.7.2025) realizamos nossa prédica positiva, dando continuidade à leitura comentada do Apelo aos conservadores (em sua Primeira Parte - "doutrina apropriada aos verdadeiros conservadores").
No sermão abordamos novamente as relações entre simpatia, relativismo e tolerância, dando ênfase à tolerância; na verdade, esse novo sermão poderia chamar-se "a necessidade urgente de tolerância".
A prédica foi transmitida nos canais Positivismo (aqui: https://youtube.com/live/b3Nkg-YTHs4) e Igreja Positivista Virtual (Facebook.com/IgrejaPositivistaVirtual e Instagram.com/IgrejaPositivistaVirtual).
Reproduzimos abaixo as anotações que serviram de base para a exposição oral.
* * *
Simpatia, relativismo, tolerância –
II
(14.Carlos Magno.171/1.7.2025)
1. Invocação inicial
2. Exortações iniciais
2.1. Sejamos altruístas!
2.2. Façamos orações!
2.3. Como Igreja Positivista Virtual,
ministramos os sacramentos positivos a quem tem interesse
2.4. Para apoiar as atividades dos
nossos canais e da Igreja Positivista Virtual: façam o Pix da Positividade! (Chave Pix: ApostoladoPositivista@gmail.com)
3. Datas e celebrações:
3.1. Dia 18 de Carlos Magno (5.7):
transformação de Richard Congreve (1899 – 126 anos)
3.2. Recesso
entre 8 e 29 de julho; retorno em 5 de agosto
4. Leitura comentada do Apelo aos conservadores
4.1. Antes de mais nada, devemos
recordar algumas considerações sobre o Apelo:
4.1.1. O Apelo é um manifesto político e dirige-se não a quaisquer pessoas
ou grupos, mas a um grupo específico:
são os líderes políticos e industriais que tendem para a defesa da ordem (e que
tendem para a defesa da ordem até mesmo devido à sua atuação como líderes
políticos e industriais), mas que, ao mesmo tempo, reconhecem a necessidade do
progresso (a começar pela república): são esses os “conservadores” a que
Augusto Comte apela
4.1.1.1.
O
Apelo, portanto, adota uma linguagem
e um formato adequados ao público a que se dirige
4.1.1.2.
Empregamos
a expressão “líderes industriais” no lugar de “líderes econômicos”, por ser
mais específica e mais adequada ao Positivismo: a “sociedade industrial” não se
refere às manufaturas, mas à atividade pacífica, construtiva, colaborativa,
oposta à guerra
4.2. Outras observações:
4.2.1. Uma versão digitalizada da tradução
brasileira desse livro, feita por Miguel Lemos e publicada em 1899, está
disponível no Internet Archive: https://archive.org/details/augustocomteapeloaosconservadores
4.2.2. O capítulo em que estamos é a “Primeira
Parte”, cujo subtítulo é “Doutrina apropriada aos verdadeiros conservadores”
4.3. Passemos, então, à leitura
comentada do Apelo aos conservadores!
5. Sermão sobre simpatia, relativismo,
tolerância – parte II
5.1. Na prédica do dia 7 de Carlos Magno
de 171 (24.6.2025) fizemos algumas reflexões sobre os vínculos, necessários, entre simpatia, relativismo e tolerância
5.1.1. Embora tenhamos desenvolvido vários
aspectos, parece-nos que não tratamos o suficiente desse tema; assim,
retomamo-lo agora, ainda que não seja para extensos desenvolvimentos
5.2. Antes de passarmos a esses novos
desenvolvimentos, é importante retomarmos alguns aspectos do que comentamos na
prédica da semana passada; eis como concluímos essa prédica anterior:
5.2.1.
Simpatia, relativismo e tolerância
são atributos afetivos, intelectuais e práticos
5.2.2.
Como nosso mestre não se cansava de
repetir, a verdadeira religião tem um aspecto sintético, de conjunto, que, no
presente caso, relaciona intimamente a simpatia, o relativismo e a tolerância,
como se vê na fórmula “agir por afeição e pensar para agir” e, ainda mais, na
fórmula sagrada, “o amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim”
5.2.3.
A simpatia consiste em uma boa
vontade, em uma generosidade para com os demais; ela conduz-nos a respeitar os
outros, o que, por seu turno, estimula o relativismo e conduz à tolerância
5.2.4.
O relativismo afasta as concepções
absolutas, que são sempre estáticas, isolacionistas e particularistas; assim,
ele conduz à simpatia e também estimula a tolerância
5.2.5.
A tolerância, por seu turno,
baseia-se na simpatia e estimula o relativismo
5.2.5.1.
No
Apelo aos conservadores (p. 27) nosso
mestre resume as relações entre relativismo, organicidade e simpatia da
seguinte maneira:
“A conexidade íntima destas duas
propriedades [relativismo e organicidade] permite apreciar como é que elas se
ligam à qualidade final [simpatia], única contestada hoje pelos positivistas
incompletos. Porquanto, é tão impossível ficarmos relativos sem tornarmo-nos
simpáticos, como ficarmos orgânicos sem tornarmo-nos relativos, sobretudo a
respeito do campo principal de nossas concepções [a ciência da Moral], em que só
o amor nos dispõe a construir e nos permite apreciar [o ser humano]”.
5.2.6.
Esses três termos – simpatia,
relativismo e tolerância – são, ou melhor, devem ser próprios não somente aos
positivistas, mas são possíveis e necessários para todos os seres humanos –
que, assim, devem deixar de lado o ódio, a antipatia e o ressentimento; o
absolutismo; a intolerância e o desrespeito
5.3. O objetivo da nossa exposição ao
indicarmos as relações entre simpatia, relativismo e tolerância foi enfatizar em
particular a tolerância
5.3.1. A ênfase na tolerância é necessária
devido a diversos motivos, todos eles vinculados a problemas contemporâneos:
5.3.1.1.
Em
primeiro lugar, como já indicamos, alguns jovens positivistas, em seu ardor
apostólico, acabam adotando comportamentos que podem resultar em intolerância
5.3.1.2.
Em
segundo lugar, uma das características da nossa época, ou melhor, uma das faces
contemporâneas da anarquia característica da nossa época é o ódio que opõe os
“conservadores” (na verdade reacionários) aos “progressistas” (na verdade,
revolucionários destruidores); esse ódio reverte-se em intolerância mútua
5.3.1.3.
Em
terceiro lugar, de maneira afirmativa, há diversas manifestações em favor da
tolerância, seja em obras de orientação moral e espiritual, seja em livros de
filosofia
5.3.2. Vejamos cada um desses casos práticos
5.4. Na prédica da semana passada, notamos
que por vezes o ardor apostólico pode tender à intolerância
5.4.1. O Positivismo, ou melhor, a
Religião da Humanidade afirma claramente o amor, a simpatia, o respeito mútuo,
bem como a fraternidade; ao mesmo tempo, como sabemos e como reforçamos na
semana passada, a Religião da Humanidade também se baseia no relativismo: tudo
isso conduz à tolerância, entendida como respeito e também como paciência com
os demais
5.4.2. Se a Religião da Humanidade
estimula a tolerância, de que maneira o ardor pode conduzir, ou tender, no
âmbito do Positivismo, à intolerância?
5.4.2.1.
Parece-nos
que por dois caminhos diferentes, que podem vincular-se entre si ou que podem
atuar um separadamente do outro:
5.4.2.1.1.
A
partir da falta de experiência de vida,
resultando em uma falta de compreensão de como o ser humano age, vive e pensa,
do ritmo das mudanças, do necessário entendimento prático da subjetividade
humana: trata-se, no final, de impaciência com excessiva ênfase
5.4.2.1.2.
Um
inadvertido viés intelectualista, em
detrimento dos aspectos afetivos e práticos do Positivismo, pode conduzir à
intolerância: um dos grandes defeitos do intelectualismo é sua incapacidade de
reconhecer a realidade concreta, resultando aí que o que não segue os ditames
puramente intelectuais (com freqüência de caráter dedutivo) é entendido como
errado e, em seguida, como inaceitável
5.5. Passando para temas contemporâneos,
não é segredo para ninguém que, lamentavelmente, a política ocidental nos
últimos 15 anos caracteriza-se por uma intensa polarização filosófica, política
e moral, opondo os “conservadores” a “progressistas”, ou melhor, reacionários e
retrógrados, de um lado, a revolucionários destruidores, de outro lado; essa
polarização converte-se com freqüência e facilidade em intolerância mútua
5.5.1. Um artigo de Wilson Gomes,
professor da Universidade Federal da Bahia, publicado em 2024 na Folha de S. Paulo chamou-me a atenção,
devido à gravidade do problema descrito: os adolescentes e adultos jovens
atuais foram educados nesse ambiente de confronto, de modo que, para eles, a
vida em sociedade em geral e a vida política em particular é apenas e
tão-somente isso (confronto, disputa e violência)
5.5.1.1.
O
artigo em questão tem por título “Formamos guerreiros políticos, não democratas” (Folha
de S. Paulo, 15.10.2024)
5.5.2. O artigo inteiro vale a leitura,
mas os parágrafos abaixo resumem muito do que nos interessa:
“[...] Em 2013,
quando o Brasil entrou em surto político, esses alunos tinham entre oito e nove
anos. Quando a extrema direita começou a crescer no mundo, eles tinham 11 ou
12. Quando Bolsonaro assumiu, completavam 15 anos. Como poderiam ter outra
noção de normalidade política se, desde que se entendem por gente, só viram
conflitos abertos entre grupos que se comportam como facções, sectarismo,
dogmatismo, ódio autorizado e a luta pela superioridade moral?
São pelo menos 11
anos em que a mensagem política dominante é: "Estamos em guerra, escolha
um lado e lute pela sua sobrevivência". Formamos uma geração inteira de
guerreiros e depois queremos que eles negociem democraticamente diferenças,
usem razão e boa vontade para mediar divergências, entendam que chegar a
compromissos com adversários e engolir alguns sapos em nome da tolerância são
valores da democracia?
[...]
Se tudo é política e
política é guerra, todo mundo é militante e todo militante é um combatente. Se
for militar, que venha armado.
Em um quadro como
esse, como esperar que tolerância, pluralismo e respeito ao melhor argumento
ainda sejam valores para essa nova geração?”.
5.5.3. O quadro descrito pelo autor é
totalmente assustador; a situação que ele descreve indica a total inviabilidade
futura do país – ou melhor, do Ocidente
5.5.3.1.
Esse
quadro consiste na radicalização profunda da situação de “anarquia” vivida e
descrita por Augusto Comte, ou seja, pela fragmentação dos parâmetros comuns de
vida em sociedade
5.5.4. Fora do âmbito do Positivismo, além
do próprio Wilson Gomes, alguns autores (por exemplo, a esquerdista metafísica
teuto-estadunidense Susan Neiman, em A
esquerda não é woke, que já comentamos em nossas prédicas) têm indicado que
a solução para esses gravíssimos problemas passa pelo menos pela afirmação da
fraternidade, por um lado, e, por outro lado, pela reversão da ultrapolitização
do mundo, rejeitando a concepção de que “tudo é poder” e sua conseqüência
necessária, a idéia de que tudo é questão de dominação e mando (e, em
particular, de mando arbitrário e caprichoso)
5.5.5. A partir do Positivismo, ou melhor,
da Religião da Humanidade temos clareza de que a solução para esses problemas é
mesmo a tolerância política; mas essa tolerância não tem como ser desenvolvida
e aplicada por si só; ela exige, necessariamente, que mudemos os
comportamentos, as concepções e os sentimentos; em outras palavras, a única
solução para esses problemas consiste, de fato, em viver a simpatia, em aplicar
o relativismo e em praticar a tolerância
5.6. Um outro tema contemporâneo sobre a
tolerância foi inspirado por um artigo também publicado na Folha de S. Paulo (28.6.2025), mas agora da autoria de Hélio
Schwartzman, cujo título é: “Brasil acima da lucidez”
5.6.1. O artigo em questão comenta
inicialmente um livro recém-publicado por um jornalista que aborda a
polarização brasileira contemporânea; mas o que importa para nós é que, no
final do texto, Hélio Schwartzman refere-se a algo chamado “princípio da
caridade”
5.6.2. Esse “princípio da caridade” foi
elaborado por um filósofo estadunidense chamado Donald Davidson entre as
décadas de 1970 e 1980 e estipula que, ao conversar com alguém ou ao considerar
as opiniões de alguém (ou de algum outro grupo), devemos sempre levar a sério
as opiniões dessa pessoa ou desse grupo, respeitando-as e procurando
entendê-las em seus termos; inversamente, não devemos buscar entendê-las de má
vontade nem simplificá-las de maneira daninha
5.6.2.1.
Como
o nome dado ao princípio e como a pátria de seu autor sugerem, esse princípio é
profundamente estadunidense, ou seja, liberal e cristão
5.6.2.2.
Esses
três aspectos ((1) liberalismo (2) cristão e (3) de origem estadunidense)
explicam por que é que o autor ignora, quando não despreza, o Positivismo
5.6.3. À parte o fato de que esta é uma
prédica da Religião da Humanidade, por que a referência ao Positivismo quando
tratamos do “princípio da caridade”? Porque ele é uma atualização, com a
roupagem liberal-cristã-estadunidense, de princípios e concepções que o
Positivismo já sistematizou faz muito tempo
5.6.4. Consideramos em particular dois
aspectos do Positivismo: (1) a tolerância como decorrente da simpatia e do
relativismo e (2) a lei-mãe da Filosofia Primeira
5.6.4.1.
Sobre
a tolerância no âmbito do Positivismo, já comentamos bastante
5.6.4.2.
Sobre
a lei-mãe:
5.6.4.2.1.
A
Filosofia Primeira consiste no conjunto das 15 leis que são absolutamente universais,
isto é, relativas a todos os fenômenos percebidos pelo ser humano; assim, essas leis referem-se tanto aos
fenômenos em si (ao mundo objetivo) quanto às maneiras como o ser humano
interage com e apreende o mundo (a realidade subjetiva)
5.6.4.2.2.
A
lei-mãe, não por acaso, é a primeira e consiste na aplicação dos atributos da
positividade ao pensamento humano em geral; assim, ela estabelece que devemos
formular sempre a hipótese mais simples, mais simpática e mais estética que
considere os dados de que dispomos
5.6.4.2.3.
Em
outras palavras, não devemos raciocinar complicando desnecessariamente o
pensamento, o que inclui respeitar a realidade, não envenenar o pensamento e
procurar elaborá-lo de maneira a estimular bons sentimentos (e, claro, boas
idéias)
5.6.4.2.4.
Teixeira
Mendes, em As últimas concepções de
Augusto Comte, apresenta e explica magistralmente a Filosofia Primeira e
dedica especial atenção, justamente, à lei-mãe
5.6.4.3.
Então,
qual a relação da lei-mãe da Filosofia Primeira com o princípio da caridade?
Parece bastante simples e claro; o princípio da caridade é uma versão
racionalista (ou seja, intelectualista) e muito limitada da lei-mãe: enquanto a
lei-mãe, em termos universalistas e plenamente humanos, afirma a necessidade
(1) de pensarmos de modo a desenvolvermos o altruísmo, a boa-fé e o respeito e
(2) de expressarmo-nos de maneira a estimular tudo isso e também o pendor
artístico, o princípio da caridade, fazendo uma referência estreitamente
cristã, limita-se ao respeito, à boa-fé e à tolerância
5.6.4.4.
É
evidente que respeito, boa-fé e tolerância são importantíssimos; nesse sentido,
o princípio da caridade é corretíssimo; mas, quando comparado com a lei-mãe da
Filosofia Primeira (e com o conjunto do Positivismo), logo se percebe que ele é
apenas um caso particular e restrito de princípios mais amplos e
mais profundos, sendo que a formulação de Donald Davidson – como todas as
formulações do liberalismo, especialmente do liberalismo dos EUA – deixa de
lado os fundamentos morais, intelectuais e sociais do seu princípio político
5.6.5. A elaboração do princípio da
caridade é motivo de alegria e também de lamento para nós, positivistas:
5.6.5.1.
É
motivo de alegria porque esse
princípio corresponde a uma nova afirmação de valores e concepções positivos;
em outras palavras, trata-se de uma renovada afirmação da positividade
5.6.5.2.
É
motivo de lamento porque, embora
consista na afirmação da positividade, o princípio da caridade é limitado em
seus fundamentos e em seu escopo, além de sua nomenclatura denunciar o ambiente
teológico-metafísico em que foi elaborado; assim, não foi por acaso que
dissemos que o liberalismo estadunidense ignora, quando não despreza, o
Positivismo – o que explica as limitações desse princípio
5.6.5.2.1.
Muitos
intelectuais brasileiros, devidamente repetidores do que se produz nos Estados
Unidos, também ignoram e/ou desprezam o Positivismo, aceitando as limitações liberal-cristãs
da filosofia estadunidense e fazendo questão de ignorar a importante influência
positivista no Brasil, não apenas política (que é a mais famosa) mas também
intelectual e principalmente moral
5.7. O último aspecto sobre a tolerância
que desejamos apresentar é um pequeno comentário sobre um livro positivista, o Ensaio de interpretações morais,
publicado pelo Prof. David Carneiro em 1937
5.7.1. É um livro pequeno (cerca de 150
páginas) com conselhos e reflexões morais práticas
5.7.2. É um livro que se inspira em uma
larga tradição filosófica, de filosofia moral, que inclui A imitação de Cristo, de Tomás de Kempis, e Máximas e reflexões, de Vauvenargues – aliás, ambos no Calendário e
na Biblioteca Positivista
5.7.3. O livro do Prof. David Carneiro é
um belo e simpático exemplo de tratado positivista de moral prática, com
exemplos de tolerância, temperança, esforço em favor dos demais etc.
5.8.
Em suma:
5.8.1.
A tolerância é uma necessidade atual
e urgentíssima
5.8.1.1.
A urgência da tolerância é dada
pelo atual ambiente de violência, ódio mútuo, disputas incessantes inexpiáveis
5.8.1.2.
Essas disputas correspondem à
atualização, nos termos do identitarismo e do tradicionalismo, da “anarquia” indicada
e analisada por Augusto Comte e para a qual o Positivismo é a solução
5.8.2.
A intolerância cresce na medida em
que as novas gerações cresceram e formaram-se em ambientes sociais conflituosos,
nos quais a militância política faz questão de afirmar a violência constante e irremissível
da sociedade
5.8.3.
Por outro lado, muitos pensadores e
comentaristas também têm afirmado a urgência da tolerância
5.8.3.1.
Um exemplo disso é o “princípio da
caridade”, de Donald Davidson
5.8.3.1.1.
No âmbito a que se refere, esse
princípio é corretíssimo; entretanto, ele é limitado e superficial
5.8.3.1.2.
Os defeitos morais, intelectuais e
práticos do “princípio da caridade” são devidos aos seus aspectos liberal,
cristão e estadunidense
5.8.3.1.3.
Ao contrário do que os liberais
estadunidenses propõem, o Positivismo tem fundamentos mais amplos e mais
profundos e busca soluções permanentes para as disputas sociais, em vez de uma
solução de compromisso (precária e provisória)
5.8.3.2.
Outro exemplo, melhor que o princípio
da caridade e superior a ele, é o livro do Prof. David Carneiro, Ensaio de
interpretações morais
5.8.4.
Assim, a solução para as graves
disputas e dissensões sociais que vivemos hoje – incluindo aí a tolerância – passa
necessariamente pelo Positivismo, quer admita-se isso, quer não se admita isso
6. Exortações finais
6.1. Sejamos altruístas!
6.2. Façamos orações!
6.3. Como Igreja Positivista Virtual,
ministramos os sacramentos positivos a quem tem interesse
6.4. Para apoiar as atividades dos
nossos canais e da Igreja Positivista Virtual: façam o Pix da Positividade! (Chave Pix: ApostoladoPositivista@gmail.com)
7. Invocação final
Referências
- Augusto Comte (port.), Apelo aos conservadores (Rio de Janeiro,
Igreja Positivista do Brasil, 1898): https://archive.org/details/augustocomteapeloaosconservadores.
- David Carneiro (port.), Ensaio de interpretações morais (Rio de
Janeiro, Athena, 1937).
- Gustavo Biscaia de Lacerda
(port.), Prédica positiva: Simpatia,
relativismo, tolerância (Curitiba, Igreja Positivista Virtual, 7.Carlos
Magno.171/24.6.2025): https://filosofiasocialepositivismo.blogspot.com/2025/06/simpatia-relativismo-tolerancia.html.
- Hélio Schwartzman (port.), “Brasil
acima da lucidez” (Folha de S. Paulo,
28.6.2025): https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2025/06/brasil-acima-da-lucidez.shtml.
- Raimundo Teixeira Mendes (port.),
As últimas concepções de Augusto Comte
(Rio de Janeiro, Igreja Positivista do Brasil, 1898): https://archive.org/details/raimundo-teixeira-mendes-ultimas-concepcoes-de-augusto-comte-i.
- Raimundo Teixeira Mendes (port.),
O ano sem par (Rio de Janeiro, Igreja
Positivista do Brasil, 1900): https://archive.org/details/raimundo-teixeira-mendes-o-ano-sem-par-portug._202312/page/n7/mode/2up.
- Susan Neiman (port.), A esquerda não é woke (São Paulo, Âyiné,
2024).
- Wilson Gomes (port.), “Formamos guerreiros políticos, não democratas” (Folha de S. Paulo, 15.10.2024): https://www1.folha.uol.com.br/colunas/wilson-gomes/2024/10/formamos-guerreiros-politicos-nao-democratas.shtml.