Na celebração da Festa da Humanidade de 171 (1.Moisés.171/1.1.2025), recitamos alguns poemas logo no início do evento.
Um desses poemas é de Generino dos Santos e reproduzimo-lo abaixo.
Poema
de Generino dos Santos
(In: Humaníadas,
v. 2, livro 3, Rio de Janeiro, Jornal do Comércio, 1940.)
VERGINE MADRE
(Ante o painel de Décio Villares)
Ó virgem! Ó filha do teu filho!
Que eu ame mais a Ti, do que a mim mesmo,
E nem a mim, senão por ter te amado.
Oração de Augusto Comte
Onde
achar um painel mais delicado
Que possa humanamente idealizar-te
Com mais engenho e mais sublime
arte,
Virgem-Mãe, o ideal concretizado?
Sobre
o Planeta em flor, florido prado,
Caminhas, e em redor, por toda
parte,
Se ergue a natureza para amar-te,
– Da planta à ave, e d’ave ao gênio
alado.
E
prossegues na senda triunfante
Da evolução humana, humana a fronte,
Tendo nos braços teu paterno
infante.
Quem
és, que ao ver-te alarga-se o horizonte?
Trazes, Amada eterna o eterno
Amante?
És bem Clotilde? É ele Augusto
Comte?
Rio, 3 de Gutenberg de 103. (15 de agosto
de 1891).