Mostrando postagens com marcador Fernanda Alcântara. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fernanda Alcântara. Mostrar todas as postagens

24 dezembro 2022

Live AOP: Fernanda Alcântara - "Harriet Martineau e Augusto Comte"

No dia 21 de dezembro tivemos mais uma Live AOP, desta feita com a participação da Profª Drª Fernanda H. C. Alcântara, da Universidade Federal de Juiz de Fora (campus de Governador Valadares). Em uma agradável conversa que durou quase duas horas, a palestra tratou de Harriet Martineau e de suas relações com Augusto Comte. A Profª Fernanda tem-se dedicado, nos últimos vários anos, a estudar, resgatar e traduzir a obra de Harriet Martineau (ou "Miss Martineau", como sempre foi respeitosamente referida nos círculos positivistas).

O vídeo dessa Live AOP pode ser visto no canal Positivismo, aqui: l1nq.com/Martineau.

Harriet Martineau foi uma pensadora, socióloga, etnóloga e divulgadora da ciência que atuou na Inglaterra de meados do século XIX. No que se refere a Augusto Comte e ao Positivismo, Miss Martineau fez em 1851-1852 a famosa condensação do Sistema de filosofia positiva de Augusto Comte, publicado originalmente entre 1830 e 1842, em seis volumes; na versão condensada, essa obra ficou com três volumes (ou até dois, dependendo da edição), sob o título "A filosofia positiva de Augusto Comte". O trabalho foi tão bem feito que Augusto Comte - que em sua correspondência com Miss Martineau tratava-a por "minha colega" - passou a recomendar a leitura não do seu próprio original, mas da versão condensada!

Em virtude desse trabalho importantíssimo e descumunal, Miss Martineau tornou-se uma das mais importantes divulgadoras do Positivismo na Inglaterra. Embora tenha participado desse relevante serviço após John Stuart Mill, as pesquisas da Profª Fernanda levam a crer que Miss Martineau atingiu um público bem maior, seja junto ao comum do povo, seja junto aos eruditos e pesquisadores.

(Algumas observações bibliográficas, teóricas e históricas: o Sistema de filosofia positiva foi originalmente intitulado Curso de filosofia positiva; mas, a partir de 1848 (no Discurso sobre o conjunto do Positivismo), Augusto Comte estabeleceu que essa obra deveria ser indicada e renomeada como Sistema de filosofia positiva. A obra original era em francês; a condensação de Miss Martineau foi feita em inglês; Comte recomendava a leitura tanto da versão em inglês quanto, é claro, a em francês. Por fim, a condensação não é um resumo: trata-se de uma nova obra, que aborda de maneira mais direta os mais importantes assuntos tratados na obra original.)

Esse trabalho descomunal pode ser consultado, lido e baixado no portal Internet Archive

- volume 1: aqui

- volume 2: aqui




08 setembro 2021

Exposição no evento "200 anos de Sociologia: Augusto Comte"

No dia 3 de setembro de 2021 tive a honra e a alegria de realizar a exposição inaugural do curso de extensão "200 anos de Sociologia", promovido em conjunto pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e pela Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS); esse curso é organizado pelas professoras Fernanda Alcântara e Giulle da Mata.

Após a vergonhosa e (quase) total omissão da academia brasileira (incluindo aí a própria SBS) quando dos 200 anos de nascimento de Augusto Comte (em 1998) e dos 150 anos de sua morte (em 2007), a inclusão do fundador do Positivismo como autor que inaugura um evento sobre o bicentenário de uma das disciplinas fundadas por A. Comte não deixa de ser ao mesmo tempo alvissareira e um pequeno ato de desagravo.

Minha exposição, conforme anunciado antes (aqui), apresentou vários dos elementos fundamentais da Sociologia do fundador da Sociologia, isto é, de Augusto Comte. A gravação do evento está disponível no meu canal Positivismo (aqui) e no Youtube em geral (aqui), bem como a exposição para Powerpoint que elaborei está disponível aqui.

Os materiais indicados acima, bem como uma descrição e uma justificativa do evento como um todo, também podem ser obtidos no blogue da prof. Fernanda Alcântara (aqui).

[Nota acrescentada em 9.9.2021 e em 14.9.2021: a omissão da academia brasileira no que se refere ao bicentenário do fundador da Sociologia, em 1998, não foi total; houve três eventos. 

O querido professor Valter Duarte Ferreira Filho, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, realizou dois eventos, um na UFRJ e outro na UERJ, celebrando o bicentenário de nascimento de Augusto Comte. O evento da UFRJ contou com a presença do cônsul da França e com a exposição de membros da Igreja Positivista do Brasil, como o meu caro amigo Hernani Gomes da Costa; o evento da UERJ foi uma apresentação realizada por Danton Voltaire Pereira de Souza, também da Igreja Positivista do Brasil.

Além disso, a UFRGS organizou um evento de vários dias, integrando comemorações internacionais e contando com palestrantes nacionais e estrangeiros. Houve uma sessão na Igreja Positivista do Rio Grande do Sul, presidida por Mozart Pereira Soares.]

Abaixo reproduzo as anotações que elaborei para a exposição de 3.9.2021.

*   *   *

 -        Introdução: definições apofáticas

o   Que é o Positivismo?

§  O Positivismo é:

1)      Uma religião secular, uma filosofia histórica, relativista e objetiva-subjetiva, uma prática humanista, pacifista, tolerante, universalista e includente

a.       É um sistema de educação universal

2)      “Real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico, simpático”

3)      Uma religião que afirma, regula e estimula o altruísmo inato (que, por sua vez, orienta e limita o egoísmo também inato)

4)      Uma política humanista, altruísta, racional, histórica, sensível à opinião pública e baseada em evidências e nas liberdades

5)      Uma afirmação da realidade humana e dos valores humanos

6)      Uma afirmação da historicidade humana e, portanto, do relativismo

§  O Positivismo não é:

1)      Não é ateísmo

2)      Não é uma “teologia científica” (Religião da Humanidade)

3)      Não é um cientificismo nem um academicismo

a.       Não é reducionista (ele afirma a dignidade de cada ciência e, em particular, do ser humano e das Ciências Humanas)

4)      Não é um “naturalismo” (não reduz as Ciências Humanas às Ciências Naturais)

a.       Não é a favor da oposição “explicação” versus “compreensão”

5)      Não é um “empiricismo”

6)      Não é ideológico

a.       Não é uma ideologia burguesa

7)      Não é militarista

8)      Não é uma afirmação do Estado totalitário nem da sociedade sufocante anti-indivíduo

9)      Não é otimismo ingênuo (“pensamento positivo”)

10)  Não é nem idealista nem materialista

11)  Não é fatalista nem nega a liberdade humana

-        Confusão generalizada e intencional:

o   Interpretações nacionais:

§  alemães (Escola de Frankfurt): desumanização do homem por meio da técnica e da razão instrumental; redução do ser humano a “coisas” (a serem manipuladas pelo capitalismo)

§  alemães (Dilthey, interpretativistas): negação sistemática da liberdade e da subjetividade humanas; redução do ser humano a “coisas” (como se fossem objetos das ciências naturais)

§  anglófonos (Stuart Mill, Giddens, Alexander): no caso de Comte: ou uma obra delirante ou um mero prenúncio do “empiricismo” do Círculo de Viena

§  estadunidenses: Sociologia funcionalista, mecanicista e/ou qualitativista

§  franceses (Aron, Alain): há vários “positivismos” e o de Comte não é redutível a outros

o   Interpretações ideológicas:

§  Marxismo: burguês, explorador, dominador, alienante

§  Liberalismo: autoritário, militarista

§  Catolicismo: ateu, totalitário, cientificista, militarista

§  Feministas: machista e patriarcal

§  Movimento Negro: racista, colonialista, desprezo pelos negros, desprezo pela contribuição africana

o   Em suma: Comte e o Positivismo são a Geni (Chico Buarque, Geni e o zepelimhttps://www.letras.mus.br/chico-buarque/77259/):

Joga pedra na Geni! Joga bosta na Geni! Ela é feita pra apanhar! Ela é boa de cuspir! Ela dá pra qualquer um! Maldita Geni!

o   São os inimigos preferenciais, que não precisam nem podem ser conhecidos e que existem apenas para serem desprezados à não importa o que Comte e os positivistas escrevem, mas o que os críticos desejam que eles sejam

-        Comte como “clássico” (J. Alexander)

o   “Positivismo” é a obra de Augusto Comte

-        Vida e obra de Comte

o   França posterior à Revolução Francesa

§  Busca de uma nova organização social e de novos princípios legitimadores, adequados a uma sociedade industrial e com a ciência

o   Obras

§  Opúsculos de Filosofia Social (1816-1828) (em particular: Plano dos trabalhos científicos necessários para reorganizar a sociedade, de 1822 e 1824)

§  Curso de filosofia positiva, em 6 volumes (1830-1842) (em 1848 foi renomeado para Sistema de filosofia positiva) à coleção “Os pensadores” (lições 1 e 2)

§  Curso filosófico de Astronomia popular (1844)

§  Discurso sobre o espírito positivo (1844 – “Introdução” do Curso de Astronomia) à coleção “Os pensadores”

§  Discurso sobre o conjunto do Positivismo (1848) à coleção “Os pensadores” (2/3 do cap. 1)

§  Sistema de política positiva, em 4 volumes (1851-1854)

§  Catecismo positivista (1852) à coleção “Os pensadores”

§  Apelo aos conservadores (1855)

§  Síntese subjetiva (1856)

§  Correspondência, em 8 volumes (1816-1857)

-        Epistemologia comtiana:

o   Questões de estilo de escrita e da forma de raciocinar:

§  Englobamento de contrários (Louis Dumont)

§  Estilo “criptográfico” e “chinês” (Ângelo Torres e Emmanuel Lazinier)

§  Perspectivas “telescópica” e “caleidoscópica” (Angèle Kremer-Marietti)

o   Caráter tríplice da natureza humana: conjugação da espontaneidade com a sistematicidade: “Agir por afeição e pensar para agir”

§  princípio: sentimentos (impulso)

§  meio: inteligência (conselho)

§  resultado: ação prática (execução)

o   Caráter histórico da natureza humana: desenvolvimento de atributos ao longo do tempo

§  Em particular: da paz, da indústria, do trabalho livre, da ciência; do relativismo e da própria historicidade

o   Filosofia positiva: estudo das ciências para determinar: a lógica da ciência, as bases da Sociologia, as bases do novo poder espiritual, a síntese positiva e subjetiva

o   Espírito positivo: bom senso comum, com a continuidade do conhecimento empírico e as elaborações científicas

§  Daí a busca das leis naturais (relações entre os fenômenos) e a rejeição das “causas” absolutas (teológicas e metafísicas)

§  Daí também a combinação entre realidade e utilidade da ciência e a rejeição do academicismo

§  “Para completar as leis são necessárias vontades”

o   Acepções de “positivo”: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático

o   Síntese subjetiva:

§  Visão de conjunto (em termos de natureza humana, de concepções e de objetivos): filosofia, arte, indústria, política, ciência

·         Todos devem entendimentos gerais sobre tudo; em contraposição, a atuação prática é sempre parcial

§  Subordinação da inteligência à afetividade e à atividade prática

·         Relações íntimas entre simpatia, síntese e sinergia

§  Concepções que explicam e regulam o conjunto das realidades humanas e cósmica

§  Afirmação da preponderância normal das ciências superiores (Sociologia e Moral) sobre as ciências inferiores (Matemática até a Biologia), ao mesmo tempo em que “os fenômenos mais nobres subordinam-se aos mais grosseiros” à “multi” e “transdisciplinariedade”

·         O altruísmo e o egoísmo são inatos (ou seja, são naturais) à mas: a maior fraqueza do altruísmo e o desenvolvimento histórico da paz, da indústria e da ciência exigem o emprego constante e permanente de todos os recursos sociais e individusia disponíveis para a afirmação do altruísmo

§  Unidade da ciência: multiplicidade e autonomia das ciências; homogeneidade de método e de doutrina

§  Estabelece não apenas o que se pode conhecer e fazer, mas, acima de tudo, o que se deve fazer (ou não fazer)

§  Definição da moralidade: estímulo e prática do altruísmo (ternura), compressão do egoísmo (pureza)

o   Lógica positiva:

§  Conjunto dos meios próprios a estimular e a orientar o pensamento humano: sentimentos, imagens, sinais

§  Caráter afetivo da inteligência

§  Subordinação da imaginação à observação (mas reconhecendo a legitimidade da imaginação e a relativa autonomia da inteligência)

§  Incorporação do fetichismo inicial ao positivismo final: radicalização da noção de afetividade

§  Leis da Filosofia Primeira

§  A Humanidade é a única realidade que reúne em si os sentimentos (universais), a atividade (compartilhada com o planeta Terra, ou Grão-Meio) e a inteligência (exclusiva da Humanidade, ou Grão Ser) à isso torna a intencionalidade o atributo exclusivo dos seres humanos

o   Relativismo e subjetivismo:

§  “Relacionismo” cognitivo (sensações) e intelectual (relações entre fenômenos)

§  Antiabsolutismo

§  “Subjetivismo social”, relativo ao ser humano em geral à novo antropocentrismo

o   Historicidade do ser humano e das concepções humanas:

§  o ser humano é um ser social e histórico: afirmação da solidariedade e da continuidade

§  a experiência histórica não é (e não pode ser) desperdiçada: os contextos mudam, mas há grandes continuidades (e mesmo essas continuidades mudam)

§  a história não é passado-presente-futuro, mas passado-futuro-presente

§  essas concepções são o fundamento último da Sociologia (cujo método específico é a “filiação histórica”)

-        Leis dos três estados

o   (1) Leis (2) sociológicas (3) dinâmicas:

§  inteligência: “cada entendimento oferece a sucessão dos três estados, fictício, abstrato e positivo, em relação às nossas concepções quaisquer, mas com uma velocidade proporcional à generalidade dos fenômenos correspondentes”

§  atividade prática: “a atividade é primeiro conquistadora, em seguida defensiva e enfim industrial”

§  afetividade: “a sociabilidade é primeiro doméstica, em seguida cívica e enfim universal, segundo a natureza peculiar a cada um dos três instintos simpáticos” (apego, veneração e bondade)

o   a teologia e a metafísica são absolutas, enquanto a positividade é relativa

o   diferentes formulações ao longo do tempo: de “estados fictício, abstrato e científico” para “estados teológico, metafísico e positivo”

§  entregue a si mesma a ciência tende a tornar-se absoluta à constituição de um quarto estado (filosófico, sintético e relativo) em oposição à mera ciência (analítica e passível de voltar ao absoluto)

o   desenvolvimento histórico da paz, da indústria, do trabalho livre, da ciência, do relativismo, da historicidade

-        Escala enciclopédica

o   lei explicativa da lei intelectual dos três estados

o   multiplicidade das ciências à multiplicidade das leis naturais à autonomia das ciências (relações entre subordinação e dignidade)

§  Anti-reducionismo

§  Mudanças ao longo do tempo: fundação da Moral como ciência suprema; Sociologia como preparatória da Moral (v. II-III da Política)

o   classificação das ciências (abstratas) e respectivos métodos:

§  Matemática: dedução

§  Astronomia: observação

§  Física: experimentação

§  Química: nomenclatura

§  Biologia: comparação

§  Sociologia: filiação histórica

§  Moral: construção

o   critérios:

§  lógicos e históricos

§  generalidade decrescente e especificidade (complexidade) crescente

§  dedutibilidade decrescente e empiricidade crescente

§  quanto mais elevada a ciência, mais complexa e nobre ela é à mais modificável à maior capacidade de intervenção humana

o   espírito positivo versus ciência

§  ciência: conhecimento analítico da realidade, por meio das leis naturais abstratas; conjunto mais ou menos homogêneo de doutrinas e métodos empregados na exploração de um determinado âmbito da realidade

§  espírito positivo: compreensão sintética da realidade, elaborada pela filosofia, abrangendo a ciência, a atividade prática (que deve ser sinergética) e os sentimentos (que devem ser simpáticos)

§  enquanto a ciência tende a secar e a isolar o ser humano (em termos intelectuais, afetivos e práticos), o espírito positivo busca desenvolver o espírito e a integrar o ser humano

·         o objetivo da ciência é auxiliar o ser humano em seu desenvolvimento à antes de mais nada moral e, depois, material à é assim que se deve julgar e avaliar a ciência

-        Sociologia comtiana

o   Busca de um novo poder espiritual: necessidade e oportunidade de fundação de uma ciência relativa à sociedade

§  necessidade de entender o que ocorria na Europa após a Revolução Francesa e de solucionar os problemas sociais e políticos

§  disponibilidade de meios intelectuais para isso (o desenvolvimento do método científico e a conseqüente maturidade intelectual para a criação da Sociologia)

o   Em face da especialização das ciências, como proceder? Por meio da criação de uma nova disciplina

§  caráter múltiplo da Sociologia:

·         afirmação da perspectiva humana (em termos morais)

·         investigação da realidade humana (em termos científicos)

·         investigação de aspectos específicos da realidade social

·         afirmação da perspectiva de conjunto (continuidade e solidariedade) da existência humana

·         proposição de medidas adequadas à solução dos problemas

o   Método específico da Sociologia: filiação histórica:

§  historicismo

§  relativismo

§  visão de conjunto:

·         Estática (sincronia: ordem)

·         Dinâmica (diacronia: progresso)

o   rejeição do materialismo:

§  o método específico da Sociologia é a filiação histórica, não a matematização da sociedade

§  criação da palavra “Sociologia” para marcar a diferença com Quétélet

o   Elaboração de leis sociológicas qualitativas

o   Proposta do “método patológico” (v. II da Política)

o   Não há biologicismo, apenas o emprego eventual de algumas metáforas baseadas na Biologia e plenamente reconhecidas como artifícios lógicos à dignidade da Sociologia e afirmação da “imaginação sociológica

-        Estática social: elementos presentes em todas as sociedades: religião, propriedade, linguagem, família, governo à sociologia comparativa

o   Religião:

§  distinção entre teologia e religião

§  a religião busca a convergência do ser humano (síntese, simpatia, sinergia)

§  relativa continuidade entre a teologia e a ciência

§  teologia: fetichismo, astrolatria, politeísmo, monoteísmo

o   Linguagem:

§  liame intelectual de existência da sociedade

o   Propriedade

§  A teologia e a metafísica são incapazes de abarcar a realidade material da sociedade; portanto, são incapazes de solucionar seus problemas

§  A propriedade enquanto tal sempre existe (privada ou coletiva)

§  Manutenção e aumento dos tipos de capital

·         material, intelectual e moral

·         responsabilidade pessoal pela gestão dos recursos

·         “O capital é social em sua origem e deve sê-lo em sua destinação”

§  Formas de transmissão do capital: guerra: conquista; paz: dádiva, troca, herança

§  Emancipação paulatina dos trabalhadores (e das mulheres): escravos na Antigüidade, servos na Idade Média, trabalhadores livres na modernidade

§  Necessidade de concurso entre o patriciado e o proletariado

·         Riqueza: força concentrada; trabalho: força dispersa

·         Caráter instrumental da luta de classes

o   Governo

§  Conjugação dos princípios de Aristóteles e de Hobbes:

·         Aristóteles: “a sociedade consiste na divisão do trabalho e na convergência dos esforços”

·         Hobbes: todo governo baseia-se na força

§  “Não existe sociedade sem governo”

·         Afirmação das vistas de conjunto da sociedade

·         Preocupação em como se maneja o poder, não com quem o ocupa

·         Dois pólos sociopolíticos: Estado e sociedade civil

§  Poderes:

·         Temporal: manutenção da ordem civil (âmbito de aplicação das ciências inferiores)

·         Espiritual: opiniões e crenças (âmbito de atuação das ciências superiores)

o   Família

§  Principal realidade social dos seres humanos

§  Âmbito sobretudo afetivo, baseado nos três níveis da afetividade (apego, veneração, bondade)

§  Emancipação e dignificação da mulher: reconhecimento histórico da importância e da autonomia feminina; reserva moral da sociedade

-        Dinâmica Social

o   Evolução dos elementos da Estática Social com o passar do tempo

§  Sociologia comparativa e  histórica à Filosofia da História

§  “O progresso é o desenvolvimento da ordem e a ordem é a base do progresso”

o   Três leis dos três estados: inteligência, atividade prática, afetividade

§  Múltiplas relações entre as três leis dos três estados

§  Lei da atividade prática

·         Estado militar-conquistador

·         Estado militar-defensivo

·         Estado pacífico-industrial

§  Lei da afetividade

·         Família: vínculo afetivo

·         Pátria: vínculo prático (econômico e político)

·         Humanidade: vínculo intelectual

o   Marcha histórica:

§  Fetichismo como fase comum a toda a Humanidade, seguida pela astrolatria e pelo politeísmo

§  No Ocidente: após a atuação das grandes teocracias (politeísmo conservador) há o desenvolvimento do politeísmo progressista (Grécia e Roma) e pelo monoteísmo

·         Tríplice transição ocidental: entre Grécia (desenvolvimento da inteligência), Roma (desenvolvimento da atividade) e Idade Média (desenvolvimento da afetividade)

§  Após a Idade Média: duplo movimento ocidental, cada vez mais anárquico:

·         destrutivo: mais rápido, correspondente à corrosão do regime católico-feudal (absoluto, militar)

·         construtivo: mais lento, correspondente à constituição da sociedade positiva (relativista), pacífica e industrial

§  Descompasso crescente entre os movimentos: explosão social e política na forma da Revolução Francesa

·         Revoluções prévias: intelectual (Enciclopedistas); burguesa (fim do Antigo Regime); proletária (afirmação do problema social); faltaria a feminina

·         necessidade de conciliação entre a ordem e o progresso

o   Sociologia da ordem: fundada por José de Maistre

o   Sociologia do progresso: pelo Marquês de Condorcet

o   Contribuição de Augusto Comte: conjugação entre a ordem e o progresso (além do desenvolvimento da reflexão sobre as ciências, sobre o que é a cientificidade, sobre os métodos e o objeto da Sociologia, sobre a aplicabilidade da Sociologia etc.)

·         constituição de vários partidos:

o   militarista (Bonaparte)

o   retrógrado (católico: José de Maistre)

o   revolucionário (democrático e clericalista: Rousseau, Robespierre)

o   revolucionário (monarquista e anticlericalista: Voltaire)

o   construtivo (sociocrático, positivista: Diderot, Danton)

o   Etc.

o   Análises de conjuntura (v. IV e VI da Filosofia; v. III da Política; Apelo): análises dos grupos sociais, suas motivações, suas ações, suas variações históricas

o   Sociologia do conhecimento, Sociologia da ciência: v. IV-VI da Filosofia; v. I-III da Política

-        Indivíduo e individualismo:

o   Ambigüidade no uso da palavra “indivíduo”: realidade de carne e osso; mônada teológica; agente social

o   Como a Sociologia parte do conjunto para as partes, não existem “indivíduos”, apenas seres humanos em sociedades

§  Antepor a análise dos indivíduos à das sociedades resulta em considerar os seres humanos como animais, não como seres humanos

o   As “células sociais”, isto é, as menores unidades de análise sociológica são as famílias

o   Apesar disso, a sociedade possui agentes: são os indivíduos

o   Os “indivíduos” criticados por A. Comte são as elaborações próprias ao individualismo (que rejeita a sociedade e a vida coletiva, em uma busca da satisfação estritamente pessoal), que surgiram na Idade Média teológica e reafirmaram-se na Idade Moderna com a metafísica

o   “Consagrar para regular”: indivíduo buscando a satisfação pelo altruísmo

-        Religião da Humanidade

o   Novo poder espiritual, totalmente humano

§  Aplicação e consolidação dos princípios anteriores

o   Importância central em termos morais, intelectuais e afetivos de Clotilde de Vaux

§  Clotilde é a cofundadora da Religião da Humanidade

o   Sistema de educação:

§  Individual e social

§  para a vida toda

§  objetiva e subjetiva

o   “Humanidade”

§  “Grão-Ser”

§  real, abstrato, histórico, composto

§  “reencantamento do mundo”

§  “humanização do ser humano”

§  Veneração de uma figura feminina

o   Culto: desenvolvimento da moralidade:

§  estímulo do altruísmo e compressão do egoísmo

§  cultos íntimos, privados e públicos

§  cultos abstratos e concretos

§  âmbito da arte

§   “Viver para outrem”

o   Dogma:

§  conhecimento útil da realidade

§  baseado na ciência: espírito positivo

§  “Saber para prever a fim de prover”

o   Regime:

§  ação positiva sobre o planeta (indústria; ecologismo)

§  “Viver às claras”

§  “Ordem e Progresso”

-        Política

o   Em termos gerais:

§  pacifismo, antimilitarismo, rejeição normal da violência

§  política humanista, altruísta, racional, histórica, sensível à opinião pública e baseada em evidências e nas liberdades

§  deveres

§  meritocracia com justiça social

§  afirmação da sociedade civil

o   Governo:

§  republicanismo

§  separação dos dois poderes (“laicidade do Estado”)

§  desenvolvimento econômico e social

o   Justiça social:

§  incorporação social do proletariado

§  “funcionalismo público”

§  conjugação entre liberdades políticas e econômicas e atuação do governo (crítica ao liberalismo econômico)

§  caráter social da riqueza

§  responsabilidades individuais e coletivas

·         noção de deveres: relações mútuas devidas entre indivíduos e grupos entre si

-        (Bons) portais sobre Comte e o Positivismo

o   Auguste Comte et le Positivisme: http://membres.lycos.fr/clotilde/

o   Canal Positivismo: https://www.youtube.com/user/ThePositivism

o   Classiques des Sciences Sociales: http://classiques.uqac.ca/classiques/Comte_auguste/comte.html

o   Filosofia Social e Positivismo: http://filosofiasocialepositivismo.blogspot.com/

o   Igreja Positivista do Brasil: http://www.igrejapositivistabrasil.org.br/

o   Igreja Positivista do Rio Grande do Sul: https://templopositivista.org.br/

o   Maison d’Auguste Comte: http://www.augustecomte.org/

-           Referências bibliográficas

ALCÂNTARA, Fernanda H. C. 2020. Os clássicos no cotidiano. 2a ed. Governador Valadares: s/n.

ARBOUSSE-BASTIDE, Paul. 1990. A grande iniciação do proletariado. In: COMTE, A. Discurso sobre o espírito positivo. São Paulo: M. Fontes.

ARBOUSSE-BASTIDE, Roger. 1957. La doctrine de l’éducation universelle dans la philosophie d’Auguste Comte. 2 v. Paris: PUF.

ARNAUD, Pierre. 1969. Pour connaître la pensée d’A. Comte. S/l: Bordas.

ARNAUD, Pierre. 1973. Le “Nouveau Dieu”: préliminaires à la politique positive. Paris: J. Vrin.

ARON, Raymond. 1999. Auguste Comte. In: _____. As etapas do pensamento sociológico. 3ª ed. Lisboa: Dom Quixote.

BENSAUD-VINCENT, Bernadette. 1999. Atomism and Positivism: A Legend about French Chemistry. Annals of Science, London, v. 56, p. 81-94.

BOURDEAU, Michel & CHAZEL, François (eds.). 2001. Auguste Comte et l’idée de science de l’homme. Paris: L’Harmattan.

BOURDEAU, Michel. 2004. L’Idée de point de vue sociologique. La philosophie des sciences comme sociologie des sciences chez Auguste Comte. Cahiers internationaux de sociologie, Paris, v. 117, p. 225-238.

BOURDEAU, Michel. 2008. La posteridad sociológica de Auguste Comte: Lo normal y lo patológico en Durkheim. Empiria, Madrid, n. 16, p. 43-58, jul.-dic.

BOURDEAU, Michel. 2011. L’Idée de mathématiques appliquées chez Comte. Mathématiques et Sciences humaines, Marseille, 49e année, n. 193, p. 35-44, primtemps.

BOURDEAU, Michel; BRAUNSTEIN, Jean-François & PETIT, Annie. (eds.). 2003. Auguste Comte aujourd’hui. Paris: Kimé.

BOURDEAU, Michel; PICKERING, Mary & SCHMAUS, Warren (eds.). 2018. Love, Order, and Progress: The Science, Philosophy, and Politics of Auguste Comte. Pittsburgh: University of Pittsburgh.

CANGUILHEM, Georges. 2012. Estudos de história e de filosofia das ciências – concernentes aos vivos e à vida. Rio de Janeiro: Forense.

CARNEIRO JR., David. (org.). 1993. Positivismo e humanismo. Curitiba: Centro Positivista do Paraná.

CARNEIRO, David. 1942. História geral da Humanidade através de seus maiores tipos. VII v. São Paulo: Athena.

CHAZEL, François. 2015. Hacia una evaluación del lugar de Augusto Comte en la Historia de la Sociología. Empiria, Madrid, n. 31, p. 15-33.

COMTE, Augusto. 1856. Synthèse subjective ou système universel des conceptions propres a l’état normal de l’Humanité. Paris: Fayard.

COMTE, Augusto. 1890. Système de politique positive ou traité de Sociologie instituant la Religion de l’Humanité. 3ème ed. 4 v. Paris: Larousse.

COMTE, Augusto. 1895. La philosophie positive d’Auguste Comte, condensée par Miss Harriet Martineau. T. II. Paris: L. Bahl.

COMTE, Augusto. 1899. Apelos aos conservadores. Rio de Janeiro: Igreja Positivista do Brasil.

COMTE, Augusto. 1996. Catecismo positivista, ou sumária apresentação da Religião universal. Col. “Os pensadores”. São Paulo: Nova Cultural.

COMTE, Augusto. A General View of Positivism. New York: R. Speller.

COMTE, Augusto. Catecismo positivista, ou sumária apresentação da Religião universal. 4a ed. Rio de Janeiro: Apostolado Positivista do Brasil.

COMTE, Augusto. Discurso sobre o espírito positivo. São Paulo: M. Fontes.

COMTE, Augusto. Opúsculos de filosofia social. São Paulo: USP.

DUCASSÉ, Paul. 1951. La synthèse positiviste: Comte et Spencer. In: BERR, Henri (dir.). La Synthèse: idée-force dans l’évolution de la pensée. Paris: A. Michel.

FEDI, Laurent. 2002. Fétichisme, philosophie, littérature. Paris: L’Harmattan.

FEDI, Laurent. 2008. Comte. Belo Horizonte: Estação Liberdade.

FLETCHER, Ronald. 1974. The Crisis of Industrial Civilization: the Early Essays of Auguste Comte. London: Heinemann.

GANE, Mike. 2006. Auguste Comte. London: Routeledge.

GIDDENS, Anthony. 1998. Comte, Popper e o Positivismo. In: _____. Política, Sociologia e Teoria Social. Encontros com o pensamento social clássico e contemporâneo. São Paulo: Unesp.

Goldfarb, Denis P.; Rodrigues, Domingos G.; Crossi Filho, Onofre & Foelker, Rita C. 2012. A Filosofia da Ciência em Augusto Comte: desvencilhando o pensamento comteano de mal-entendidos históricos. Inquietude, Goiânia, v. 3, n. 2, p. 33-55, ago.dez.

GRANGE, Juliette. 1996. La philosophie d’Auguste Comte. Science, politique, religion. Paris: PUF.

GRANGE, Juliette. 2000. Auguste Comte. La politique et la science. Paris: O. Jacob.

GRANGE, Juliette. 2008. Expliquer et comprendre de Comte à Dilthey. In: Zaccaï-Reyners, N. (ed.). Explication-compréhension. Regards sur les sources et l’actualité d’une controverse épistémologique. Bruxelles: Université de Bruxelles.

HEILBRON, Johan. 1990. Auguste Comte and Modern Epistemology. Sociological Theory, New Jersey, v. 8, n. 2, p. 153-162, Autumn.

HEILBRON, Johan. 1991. Theory of Knowledge and Theory of Science in the Work of Auguste Comte – Note on Comte’s Originality. Revue de Synthèse, Paris, IVe série, n. 1, p. 75-89, janv.-mars.

HEILBRON, Johan. 1993. Ce que Durkheim doit à Comte. In: Besnard, Philippe; Borlandi, Maurice & Vogt, Paul. (éds.). Division du travail et lien social. La thèse de Durkheim un siècle après. Paris: PUF.

HEILBRON, Johan. 2006. La naissance de la Sociologie. Marseille: Agone.

HEILBRON, Johan. 2008. Qu’est-ce qu’une tradition nationale en sciences sociales? Revue d’Histoire des Sciences Humaines, Paris, v. 18, p. 3-14.

KREMER-Marietti, Angèle. 1980. Le projet anthropologique d’Auguste Comte. Paris: SEDES.

KREMER-MARIETTI, Angèle. 1983. Le concept de science positive. Ses tenants et ses aboutissants dans les structures anthropologiques du positivisme. Paris: Klincksieck.

KREMER-MARIETTI, Angèle. 2007. Le kaléidoscope épistémologique d’Auguste Comte. Sentiments, images, signes. Paris: L’Harmattan.

KREMER-Marietti, Angèle. 2009. Lecture des textes de Comte soumise aux méthodes du télescope et du kaléidoscope. Dogma, Paris, avr. Disponível em: http://www.dogma.lu/pdf/AKM-ComteCaleidoscope.pdf. Acesso em: 7.set.2016.

Lacerda, Gustavo B. 2004. Elementos estáticos da teoria política de Augusto Comte: as pátrias e o poder Temporal. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, n. 23, p. 63-78, nov.

Lacerda, Gustavo B. 2008. Dois erros sobre a doutrina política comtiana:autoritarismo” e “funcionalismo público”. Espaço Acadêmico, Maringá, ano VIII, n. 87, ago.

Lacerda, Gustavo B. 2009a. As críticas de Augusto Comte à Economia Política. Política & Sociedade, Florianópolis, v. 8, n. 15, out.

Lacerda, Gustavo B. 2009b. Augusto Comte e o “Positivismo” redescobertos. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 17, n. 34, out.

Lacerda, Gustavo B. 2009c. Fairness in the Thought of John Rawls and Auguste Comte. Brazilian Political Science Review, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 58-92.

LACERDA, Gustavo B. 2015a. Positivismo e Educação: algumas idéias pedagógicas de Augusto Comte. In: HENNING, Leoni M. P. (org.). Filosofia e Educação. Caminhos cruzados. Curitiba: Appris.

LACERDA, Gustavo B. 2015b. Vontades e leis naturais – liberdade e determinismo no positivismo comtiano. Mediações, Londrina, v. 20, n. 1, p. 307-337.

LACERDA, Gustavo B. 2016a. Introdução à Sociologia Política. Curitiba: Intersaberes.

LACERDA, Gustavo B. 2016b. Laicidade na I República brasileira: os positivistas ortodoxos. Curitiba: Appris.

LACERDA, Gustavo B. 2016c. Positivismo, Augusto Comte e Epistemologia das Ciências Humanas e Naturais. Marília: Poiesis.

LACERDA, Gustavo B. 2016d. Positivismo, Sociologia e política. Marília: Poiesis.

LACERDA, Gustavo B. 2016e. Política e violência no Positivismo de Augusto Comte. In: PERISSINOTTO, Renato; LACERDA, Gustavo B. & SZWAKO, José. (orgs.). Curso livre de Teoria Política. Curitiba: Appris.

LACERDA, Gustavo B. 2016f. O Positivismo e o conceito de “metafísica”. In: _____. Positivismo, Augusto Comte e Epistemologia das Ciências Humanas e Naturais. Marília: Poiesis.

LACERDA, Gustavo B. 2017a. Pensamento Social e Político Brasileiro. Curitiba: Intersaberes.

LACERDA, Gustavo B. 2017b. A “Teoria do Brasil” dos positivistas ortodoxos brasileiros: composição étnica e independência nacional. Política & Sociedade, Florianópolis, v. 16, n. 35, p. 271-298, jan.-abr.

LACERDA, Gustavo B. 2018. Comtianas brasileiras. Ciências Sociais, Brasil e cidadania. Curitiba: Appris.

LACERDA, Gustavo B. 2019. O momento comtiano: república e política no pensamento de Augusto Comte. Curitiba: UFPR.

lacroix, Jean. 2003. A Sociologia de Augusto Comte (o fundador da Sociologia). Curitiba: Vila do Príncipe.

LAFFITTE, Pierre. 1880. De la morale positive. Havre: T. Leclerc.

LAGARRIGUE, Luís. 1920. Incorporación del Proletariado a la sociedad moderna. Santiago de Chile : Universo.

Laudan, Larry. 2010. Towards a Reassessment of Comte’s “Méthode Positive”. In: _____. Science and Hypothesis. Historic Essays on Scientific Methodology. Boston: D. Reidel.

LAZINIER, Emmanuel. 2002. La Psychologie d’Auguste Comte. Disponível em: http://membres.lycos.fr/clotilde/articles/psychoac.htm. Obtido em: 27.ago.2008.

LAZINIER, Emmanuel. 2019. Qu'est-ce qui rend Auguste Comte si étrange et si “chinois”. Disponível em: http://confucius.chez.com/clotilde/strange.xml. Acesso em: 13.set.2019.

LAZINIER, Emmanuel. 2021. Auguste Comte, un scientiste? Disponível em: http://confucius.chez.com/clotilde/scientis.xml. Acesso em: 18.ago.2021.

Lewisohn, David. 1972. Mill and Comte on the Methods of Social Science. Journal of the History of Ideas, Philadelphia, v. 33, n. 2, p. 315-324, Apr.-Jun.

LINS, Ivan. 1967. História do Positivismo no Brasil. Col. “Brasiliana”, v. 322. Rio de Janeiro: Nacional.

PAULA LOPES, Rodolfo. (org.). 1946. Auguste Comte. Le Prolétariat dans la société moderne. Coll. “Archives positivistes”. Paris : s/n.

PETIT, Annie. (dir.). 2003. Auguste Comte aujourd’hui. Paris: Kimé.

PETIT, Annie. (dir.). 2006. Auguste Comte. Trajectoires positivistes, 1798-1998. Paris: L’Harmattan.

Petit, Annie. 1992. Comte et Littré: les débats autour de la sociologie positiviste. Communications, Paris, v. 54, n. 1, p. 15-37.

PETIT, Annie. 1998. Le corps scientifique selon Auguste Comte. In: Kremer-Marietti, Angèle. (éd.). Sociologie des sciences. Sprimont: Mardaga.

RIBEIRO JÚNIOR, João. 2003. Augusto Comte e o Positivismo. São Paulo: Edicamp.

Robbins, Derek. 2011. John Stuart Mill and Auguste Comte: A Trans-Cultural Comparative Epistemology of the Social Sciences. Journal of Classical Sociology, London, v. 11, n. 1, p. 51-74.

SOARES, Mozarta P. 1999. O Positivismo no Brasil. 200 anos de Augusto Comte. Porto Alegre: UFRS.

STEINER, Phillipe. 2008. La tradition française de critique sociologique de l’économie politique. Revue d’Histoire des Sciences Humaines, Paris, v. 17, p. 63-84, mai.

TEIXEIRA MENDES, Raimundo. 1898. As últimas concepções de Augusto Comte ou ensaio de um complemento ao Catecismo positivista. Rio de Janeiro: Igreja Positivista do Brasil.

TISKI, Sérgio. 2006. A questão da moral em Augusto Comte. Londrina: UEL.

torres, Ângelo. 2020. O léxico de Augusto Comte: criptografia e filosofia. Marília: Poiesis.

TRINDADE, Hélgio. (org.). 2007. O Positivismo. Teoria e prática. 3ª ed. Porto Alegre: UFRS.

WACQUANT, Loïc J. D. 1996. Positivismo. In: OUTHWAITE, William & BOTTOMORE, Thomas. (orgs.). Dicionário do pensamento social do século XX. Rio de Janeiro: J. Zahar.

WERNICK, Andrew (ed.). 2017. Anthem Companion to Auguste Comte. New York: Anthem.