Na noite do dia 30 de abril de 2021 ocorreu um simpático evento chamado "Bate-papo com autores da Revista GETS". Essa revista, que é publicada pela Faculdade IBCMed, está lançando seu mais recente número (v. 3, n. 2) e, para celebrar esse fato, convidou os autores dos artigos para exporem, rapidamente, os conteúdos desses artigos.
Embora eu mesmo não tenha sido autor de nenhum artigo, o Prof. Ricardo Cortez Lopes - professor de Sociologia da instituição e Editor-Assistente da Revista - resenhou um dos meus livros (Comtianas brasileiras, editora Appris, Curitiba, 2018) e gentilmente me convidou para também falar desse livro.
O evento foi bastante agradável e várias das pesquisas expostas, além de interessantes, têm inúmeros pontos em comum, ou têm "ressonância", com o Positivismo. Entretanto, houve algumas dificuldades técnicas e o evento, que era gravado, não está disponível para compartilhamento.
Por esse motivo, o Prof. Ricardo soliciou aos autores que gravassem pequenos vídeos complementares, em um esforço para, na medida do possível, substituir a gravação que não é possível tornar pública.
Assim, o meu vídeo complementar está disponível aqui.
Para minha exposição, elaborei um pequeno roteiro, composto por definições do que o Positivismo é e do que ele não é; esse roteiro, elaborado com o objetivo de estimular a curiosidade e o debate, está reproduzido abaixo.
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Mitos sobre o Positivismo
O Positivismo é:
- Uma religião secular, uma filosofia histórica, relativista e objetiva-subjetiva, uma prática humanista, pacifista, tolerante e includente
- “Real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico, simpático”
- Uma religião que afirma, regula e estimula o altruísmo inato (que, por sua vez, orienta e limita o egoísmo também inato)
- Uma afirmação da realidade humana e dos valores humanos
- Uma afirmação da historicidade humana e, portanto, do relativismo
O Positivismo não é:
- Não é ateísmo
- Não é uma “teologia científica” (Religião da Humanidade)
- Não é um cientificismo nem um academicismo
- Não é um “naturalismo” (não reduz as Ciências Humanas às Ciências Naturais)
- Não é a favor da dicotomia entre “explicações” versus as “compreensões”
- Não é um “empiricismo”
- Não é ideológico
- Não é uma ideologia burguesa
- Não é militarista
- Não é uma afirmação do Estado totalitário nem da sociedade sufocante anti-indivíduo
- Não é otimismo ingênuo (“pensamento positivo”)