No dia 9 de César de 170 (30.4.2024) realizamos nossa prédica positiva, dando continuidade à leitura comentada do Catecismo positivista, em sua undécima conferência, dedicada ao regime público.
No sermão fizemos uma pequena celebração do Dia do Trabalhador.
A prédica foi transmitida nos canais Positivismo (aqui: https://l1nk.dev/Xie1E) e Igreja Positivista Virtual (aqui: https://encr.pw/clHMm). O sermão começou aos 54 min 30 s.
As anotações que serviram de base para a exposição oral encontram-se reproduzidas abaixo.
* * *
Celebração do Dia do Trabalhador
-
O tema desta semana refere-se ao trabalho,
considerando o Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio, ou melhor, neste
ano (que é bissexto) em 10 de César (dia de Demóstenes, na semana de Alexandre)
o Na
verdade, seguindo o calendário positivista, que é regular e mais racional, o
Dia do Trabalhador seria celebrado em 9 de César (dia de Felipe II, na semana
de Alexandre)
o No
Brasil, o Dia do Trabalhador foi instituído em 26 de setembro de 1924, pelo
Decreto n. 4859, do Presidente Artur Bernardes
§ O
texto do decreto é realmente belo: “Artigo único – É considerado feriado
nacional o dia 1 de maio, consagrado à confraternidade universal das classes
operárias e à comemoração dos mártires do trabalho; revogadas as disposições em
contrário”
o A
data de 1º de maio foi proposta pela II Internacional Socialista em 1886, em
homenagem à Revolta (ou Massacre) da Praça de Heymarket, em Chicago, em que uma
manifestação sindical inicialmente pacífica transformou-se em pancadaria e repressão
armada da polícia, após uma bomba explodir em meio aos policiais, já no final
do encontro trabalhista
-
O trabalho e os trabalhadores, para o
Positivismo, são da maior importância
o Ao
contrário do que muitos afirmam – não somente críticos (como os marxistas), mas
também pessoas supostamente próximas ao Positivismo –, os valores, as
concepções e as prescrições positivistas em relação ao trabalho e aos
trabalhadores não são formas de enganar os trabalhadores e/ou de tapar os
buracos sociais, políticos, econômicos e morais causados pelo chamado “capitalismo”
§ Devemos,
mais uma vez, lembrar as duríssimas e inequívocas críticas de Augusto Comte à
mesquinhez e ao egoísmo da burguesia, feitas desde o início de sua carreira
·
A importância dessas críticas aumenta quando
lembramos que muitas delas foram expostas no Apelo aos conservadores (1855)
o O
Apelo foi escrito como uma exposição
do Positivismo dirigida aos líderes políticos, sociais e industriais – ou seja,
à “burguesia”
§ Aliás,
com o necessário fracasso do marxismo e do chamado “socialismo realmente existente”,
os herdeiros do marxismo agora se vêem obrigados a recuperar e a valorizar a
ação dos positivistas, como no caso de Francisco Quartim de Morais
§ Uma
importante exceção – não por acaso brasileira – é a de Leônidas de Resende,
que, em 1932, propôs um interessante, mas confuso, marxismo positivista, em seu
livro A formação do capital e seu
desenvolvimento
o Os
elogios ao trabalho e aos trabalhadores sempre foram reiterados e consistentes
da parte de Augusto Comte; não por caso, ele sempre viu nos proletários um dos
sustentáculos do Positivismo e, ao mesmo tempo, sempre considerou que o
Positivismo deve servir para melhorar as condições de vida dos proletários
o Augusto
Comte desde o início de sua carreira ministrou cursos populares: Astronomia,
Filosofia Positiva (isto é, filosofia, ciências, história), História da
Humanidade
§ Os
primeiros discípulos de Augusto Comte, não por acaso, foram proletários,
convencidos da doutrina a partir da audiência do curso popular de Astronomia, como
foi belamente narrado por Fabien Magnin, no 21º aniversário de transformação de
Augusto Comte
o Em
1848 Augusto Comte criou a Sociedade Positivista e propôs a “Associação Livre
para a Instrução Positiva do Povo em todo o Ocidente Europeu”
§ Nas
décadas seguintes outras associações positivistas proletárias também foram
criadas, como a Sociedade Positivista para o Ensino Popular (1876) e a Sociedade
Positivista para o Ensino Popular Superior (1876)
o Também
em 1848 Augusto Comte escreveu o Discurso sobre o conjuntodo Positivismo, dirigido para os proletários e com um extenso capítulo
sobre os proletários
o Vários
positivistas foram sindicalistas e/ou apoiaram os sindicalistas: Frederic
Harrison, Auguste Keufer, os irmãos Lagarrigues, Miguel Lemos e Teixeira Mendes
o Rodolfo
Paula Lopes, filho de também Rodolfo Paula Lopes, trabalhou na Organização
Internacional do Trabalho, elaborando relatórios sociológicos e econômicos
sobre o desemprego e, depois, também organizou um livro chamado O proletariado na sociedade moderna
(1946), da coleção “Arquivos Positivistas” (em francês)
-
Em termos filosóficos e sociológicos, eis o que
o Positivismo tem a dizer a respeito dos trabalhadores e do trabalho:
o Os
trabalhadores, ou melhor, os proletários
constituem a providência geral da sociedade, no sentido de que eles são os
responsáveis pelo conjunto das atividades práticas que mantêm a sociedade
§ Do
ponto de vista político e moral, os proletários devem atuar como apoio do
sacerdócio, fornecendo energia e força ao caráter moral do poder Espiritual
§ Os
proletários também devem fiscalizar o poder Temporal, inspirados e orientados
pelo sacerdócio; essa fiscalização é-lhes tão mais fácil quanto eles são os
principais destinatários das ações dos patrícios
o Os
proletários, com suas famílias, correspondem na prática ao conjunto da
sociedade e, dessa forma, a política positiva deve basicamente se dirigir a
eles
§ Isso
significa que o conjunto dos esforços sociais deve visar a satisfazer as
necessidades dos proletários, em termos materiais, intelectuais e morais
·
É necessário insistir: as necessidades dos proletários não são principal nem exclusivamente
materiais, mas são também intelectuais e morais
o Embora
sejam auxiliares do poder Espiritual, os proletários atuam em termos práticos
no poder Temporal, correspondendo à força dispersa (cujo poder provém da sua
união), em contraposição complementar com o patriciado, que corresponde à força
concentrada (na forma do capital) e que é propriamente o poder Temporal
-
Temos que ter clareza de que a valorização do
trabalho, e, por extensão, dos trabalhadores, é fruto de um longo
desenvolvimento histórico
o Esse
desenvolvimento segue a lei dos três estados práticos, segundo a qual a
atividade é inicialmente militar conquistadora, depois militar defensiva, enfim
pacífica e industrial
§ Nessa
evolução, as atividades produtivas
são sempre realizadas pelos proletários, mas, como sabemos, nem sempre eles são
valorizados
§ O
que mudou ao longo do tempo, então, foi a estrutura social geral, a principal
atividade da sociedade e, daí, a situação específica dos trabalhadores
o Na
Antigüidade, as atividades socialmente valorizadas eram a guerra e/ou o ócio com
vistas à produção intelectual; elas eram reservadas à elite da sociedade; o
trabalho era considerado degradante e, portanto, relegado aos escravos
§ Enquanto
os escravos – tornados cativos devido às guerras, às dívidas e/ou a um
assujeitamento “tradicional” (como no caso do mito da escravidão hebréia no
Egito) – eram propriedade móvel dos seus senhores, a consolidação do sistema de
conquistas (correspondente à fase imperial de Roma) conduziu à fixação dos
trabalhadores nos territórios
§ Os
antigos escravos tornaram-se assim servos da gleba
o Na
Idade Média, a atividade era ainda era militar, mas tinha cada vez mais um
caráter defensivo; a cavalaria moderava a violência e estimulava o respeito
para com os humildes; o trabalho não era mais degradante, mas continuava sendo
relegado ao setor social mais baixo
§ Os
servos da gleba, de qualquer maneira, embora não fossem livres e estivessem
ligados aos territórios de seus senhores, tinham condições sociais superiores
às dos escravos
§ Desde
meados da Idade Média, os burgos mais prósperos caracterizavam-se pela atividade
pacífica e produtiva e pelo trabalho livre; esses burgos, concomitantemente,
passaram a buscar a libertação em relação aos grande senhores, transformando-se
em cidades livres, cidades reais (isto é, sob a proteção dos reis) ou em
repúblicas (como Florença, Gênova, Genebra, até mesmo Veneza)
·
O trabalho nos burgos, ou nas comunas, não se
constituiu diretamente como trabalho livre: organizaram-se as guildas, que
serviam como mecanismos de proteção, treinamento e reserva e controle de
mercado
§ De
qualquer maneira, a Idade Média legou à modernidade a valorização do trabalho
produtivo e a libertação dos trabalhadores
o Na
modernidade, a atividade socialmente valorizada é a produção pacífica; os
trabalhadores são livres
o O
trabalho produtivo e pacífico é a única atividade que pode ser plenamente
universalizável, tanto em termos de extensão geográfica quanto em termos
sociais; isso significa que só a paz garante o trabalho livre e que,
inversamente, o trabalho livre exige a paz
o Entretanto,
um dos maiores sinais da “anarquia moderna” é que a emancipação dos trabalhadores não correspondeu à valorização dos trabalhadores
§ Os
trabalhadores ficaram livres, mas a ausência de doutrinas socialmente
compartilhadas – e de doutrinas socialmente
responsáveis compartilhadas – também implicou que os trabalhadores ficariam
sem amparo social (em contraposição, na Idade Média, bem ou mal os senhores
feudais e a cavalaria reconheciam alguns deveres para com os servos)
§ A
exploração do proletariado, ou o chamado “capitalismo”, portanto, é um dos
maiores e piores sintomas da “anarquia moderna”
·
A solução da anarquia moderna não é diretamente
“acabar com o capitalismo” (embora o chamado capitalismo tenha que acabar); a
solução da anarquia moderna acabará também, e naturalmente, com o capitalismo
§ Um
aspecto agravante da anarquia moderna, especialmente em comparação com a
atividade militar, é que as qualidades necessárias para conduzir os
empreendimentos industriais não são nem tão evidentes, nem tão precisas, nem
tão simples quanto qualidades as militares; isso dificulta a determinação dos
respectivos deveres
-
É necessário dizermo-lo com todas as letras: restabelecer
valores e concepções compartilhados; reafirmar os deveres; afirmar o altruísmo;
combater o egoísmo como padrão de moralidade e de relacionamento humano: essa é a única solução efetiva para a
anarquia moderna e, daí, para o “capitalismo”
o O
Positivismo, portanto, não propõe os deveres sociais compartilhados como um
tapa-buraco superficial para os agressivos males do capitalismo; os deveres
sociais compartilhados não são uma desculpa para uma filantropia hipócrita,
“alienadora” e “acrítica”
o Os
deveres sociais exigem uma alteração profunda na sensibilidade, nas idéias e,
daí, nas práticas sociais
§ Isso
equivale a dizer que as propostas sociais e políticas do Positivismo não podem
ser apresentadas isoladamente da Religião da Humanidade, pois isoladamente elas
não fazem sentido
o Em
termos de doutrinas sociais, convém considerarmos rapidamente o catolicismo
§ O
catolicismo é extremamente ambíguo a respeito:
·
Sua doutrina é radicalmente egoísta, anti-humana
e antissocial; a sua decadência necessária é o que alimentou diretamente a
anarquia moderna e com freqüência conduz ao reforço do “capitalismo”, com ou
sem a filantropia superficial e hipócrita
o Esses
traços também com freqüência são seguidos, no que têm de pior, pelos
protestantes
·
Mas atualmente há algumas correntes católicas
que mais ou menos deixam de lado a doutrina e seguem inspirações medievais, no
que estas têm de melhor
o É
importante insistirmos neste aspecto: o caráter basicamente moral das soluções
positivistas não o transforma em “moralista”
§ A
esse respeito, antes de mais nada é necessário termos clareza de dois aspectos:
·
(1) Embora afirmemos com todas as letras a
importância dos aspectos morais e intelectuais, nunca os positivistas deixaram
de afirmar também a necessidade de propostas concretas, práticas, de curto e
longo alcance, para remediar e/ou solucionar os problemas dos trabalhadores
o Sendo
mais específico: não somente não deixamos de afirmar essa necessidade como,
mais importante, nunca deixamos de propor efetivamente medidas concretas
·
(2) Quem afirma que o Positivismo é “moralista” adota
uma perspectiva materialista, que
nega a importância da moralidade na vida humana e que reduz o ser humano e a
sociedade às questões e às disputas econômicas e políticas
o Assim,
a defesa do materialismo implica a ignorância e a alienação profundas
§ O
que o Positivismo faz é evidenciar que os grandes problemas econômicos atuais
só admitem, no fundo, soluções morais, na medida em que esses problemas
originam-se de problemas, desvios e aberrações morais
·
É evidente que as questões trabalhistas exigem
soluções “econômicas”; mas o tipo de soluções varia de acordo com parâmetros
morais; além disso, a própria exigência de tais soluções é de caráter moral
·
Nesta exposição não apresentaremos as propostas
concretas feitas pelos positivistas (a começar por Augusto Comte!) porque são
muitas e muitas propostas, feitas nos mais diferentes contextos
§ Quem
nega o caráter moral dos problemas econômicos de modo geral é cego para a
realidade e estimula a piora desses problemas
§ A
“Economia Política” clássica reconhecia o caráter moral dos problemas
econômicos: Adam Smith, David Hume, Charles Dunoyer
§ De
maneira exemplar, o marxismo, sendo materialista, despreza a perspectiva moral,
reduzindo a sociedade ao poder e à economia, donde ele percebe apenas conflitos
·
Contra a inspiração marxista, outras tradições
socialistas anteriores, concomitantes e posteriores ao marxismo adotaram
concepções morais: exemplo notável disso são as propostas atuais da chamada
“economia solidária” (embora ela confusamente mantenha ideais e perspectivas
marxistas)
-
Agora é necessário comentar diretamente a luta
de classes:
o A
vida prática estimula por si só o egoísmo e as vistas parciais; isso significa
que o poder Temporal, os patrícios e os proletários tendem a prestar atenção
aos seus próprios interesses, desconsiderando (ou desprezando) a sociedade em
geral e os outros grupos
§ Entretanto,
o poder Temporal propriamente dito (o Estado) tem que ter vistas gerais (no
espaço); de modo similar, os proletários, na medida em que não têm
responsabilidades na mesma medida que os patrícios e em que sua força provém da
sua união, tendem a desenvolver vistas gerais e sentimento generosos
§ O
egoísmo social tende a concentrar-se no patriciado – que, assim, converte-se em
(ou mantém-se como) “burguesia”
o Os
egoísmos de classe, ou mesmo os egoísmos de empresas, tendem a desenvolver-se
com grande facilidade – e, daí, surgem os conflitos sociais
o A
luta de classes, portanto, não é uma característica inerente a toda e qualquer sociedade;
ela consiste no sintoma da desregulação social, o que significa que no Ocidente
ela é um sintoma da anarquia moderna
§ Novamente:
pode-se considerar que a luta de classes é inerente à sociedade capitalista apenas
no caso específico em que se considere que o capitalismo corresponde,
precisamente, à sociedade desregulada, à anarquia moderna
o Apesar
de rejeitar em geral qualquer conflito, ou melhor, qualquer violência, Augusto
Comte percebia na luta de classes um potencial positivo, ao indicar
precisamente a desregulação social e a concomitante necessidade de regulação
social (moral e intelectual)
§ Evidentemente,
a luta de classes só é aceitável na medida em que se realizar pacificamente, ou
seja, por meio das greves pacíficas, rejeitando-se expressamente tanto a
revolução social (projeto acalentado pelos marxistas e por quase todos os
socialistas) quanto a repressão ao sindicalismo
§ Deve-se
notar, então, que a luta de classes não
é um ideal moral, social e político, a ser acalentado, estimulado e buscado
§ Além
disso, o fim da luta de classes não é o fim das classes, mas o fim da luta
– e o fim da luta, quase sempre, por meio do reconhecimento da justiça das
reivindicações dos proletários
o É
notável que o que a direita vê como “revolucionário” e a esquerda vê como
“progressista”, para o Positivismo trata-se apenas de satisfação das condições da ordem social: o respeito aos
trabalhadores, a garantia de manutenção das famílias, o auxílio na fiscalização
do poder Temporal pelo poder Espiritual
-
Está subentendido no que comentamos até agora,
mas vale a pena dizermos com clareza: a valorização dos proletários, dos
trabalhadores, implica também a valorização do trabalho
o No
âmbito do Positivismo, isso equivale à dignificação
do trabalho: trabalhar não é um
castigo divino, mas fonte de valor para o ser humano: de fato, trabalhar
enobrece os homens
o Todos
devem trabalhar, todos devem contribuir para a Humanidade; todos devem retribuir para a Humanidade aquilo que continuamente
recebem dela: trabalhar é um dever moral
§ O
trabalho livre, então, não é tornar-se livre do trabalho
§ Os
mendigos devem ser objeto de respeito e de cuidados, mas é necessário
entendê-los como casos extremos e excepcionais
o Em
sentido semelhante, a valorização e a dignificação do trabalho implicam não
entender o trabalho como uma mercadoria
§ Não
há dúvida de que o trabalho é a garantia de manutenção e continuidade da
sociedade; também é a condição de aumento da riqueza
§ Mas
é necessário ter clareza a respeito de um aspecto central e fundamental: o
trabalho é a fonte de sustento das famílias
§ Novamente:
o trabalho não é mercadoria, pois sua falta implica impossibilidade de sustento
de famílias
§ A
responsabilidade dos patrícios, então, é com a preservação e o aumento da
riqueza social; mas isso só se dá por meio da geração de trabalho – e de
trabalho de qualidade, em condições salubres, com salários adequados
§ Para
o Positivismo, rigorosamente o salário não é a paga pelo trabalho executado,
mas a contrapartida material pelos recursos empregados nas atividades
constantes
·
Se o trabalho não é mercadoria, ele não pode ser
“pago”; a retribuição pelo trabalho é a satisfação individual pelo bem prestado
à coletividade e pela retribuição pela generosidade da Humanidade
o Uma
decorrência disso é que Augusto Comte adota a teoria do valor-trabalho, ou
seja, a riqueza é gerada pelo trabalho realizado, pelo empenho coletivo em cada
atividade
§ Essa
é a concepção “econômica” decorrente da idéia de que a riqueza é socialmente
produzida e, portanto, tem que ter uma destinação social
§ É
bem verdade que há produtos cujo “valor” é dado por sua raridade relativa; mas
a única forma de valorizar socialmente o trabalho; ou melhor, a única forma
básica de entender sociologicamente a produção do “valor” é por meio do
valor-trabalho: concepções que negam o valor-trabalho, como se sabe e não por
acaso, postulam concepções egoísticas