No
dia 21 de abril comemora-se o dia de Tiradentes, ou seja, o conjunto dos
esforços realizados no Brasil para a independência e a autonomia nacionais.
Pode-se argumentar que, no episódio da "Inconfidência Mineira" (1789), Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), o Tiradentes,
não foi nem o mentor nem o mais destacado membro: todavia, sem dúvida alguma
ele foi aquele que assumiu a responsabilidade pelas ações de maneira mais
clara: devido à sua coragem de ir até o fim em suas decisões, ele merece o
reconhecimento como um símbolo da independência nacional.
Além disso, essa tentativa realizada nas Minas Gerais de independência nacional consistia em uma proposta republicana - como o conjunto das Américas confirmaria nas décadas seguintes - e, por uma certa coincidência, a "Inconfidência" ocorreu no mesmo ano que o início da Revolução Francesa, o grande movimento que pôs fim ao Antigo Regime e sinalizou a possibilidade e a necessidade da reforma social em bases puramente humanas ("sem deus nem rei", como dizia Diderot).
Por todos esses motivos, a Igreja Positivista do Brasil propôs que o dia 21 de abril, dia da execução de Tiradentes, fosse comemorado como um dos feriados cívicos nacionais. Diga-se de passagem, essa proposta foi feita já em 1881, ou seja, durante a monarquia brasileira e bem antes da República, que por fim adotaria essa sugestão positivista.
O cartaz abaixo foi gentilmente elaborado pelo amigo João
Carlos Silva Cardoso.
Tiradentes, em gravura do pintor e escultor positivista Décio Villares |
Possível fisionomia de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes |
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