Viver às claras
Declara-te, não só no íntimo, como
Publicamente. No recolhimento,
Redestilando o teu discernimento
Vence os impulsos do menor assomo.
Faze o que dizes. E o teu pensamento,
Que entre os modelos do critério tomo,
Amadureça, equivalente ao pomo,
Porém nasça da flor do sentimento.
Exposto à luz solar, visto por fora,
Se torne evidentíssimo, insuspeito,
Teu humanismo, que te condecora:
Ostenta o coração, livre e perfeito,
Em toda a limpidez, brilhando agora,
Como um emblema de cristal no peito.
(Fonte: José Martins Fontes. Nos jardins de Augusto Comte. São Paulo: Comissão Glorificadora de Martins Fontes, 1938, p. 172.)
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