Este blogue é dedicado a apresentar e a discutir temas de Filosofia Social e Positivismo, o que inclui Sociologia e Política. Bem-vindo e boas leituras; aguardo seus comentários! Meu lattes: http://lattes.cnpq.br/7429958414421167. Pode-se reproduzir livremente as postagens, desde que citada a fonte.
13 junho 2022
Curso livre de política positiva: vídeo da 14ª sessão
Curso livre de política positiva: vídeo da 13ª sessão
25 maio 2022
Curso livre de política positiva: roteiro da 12ª sessão
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Súmula
Sociologia Dinâmica III: lei prática dos três estados (concl.); lei afetiva dos três estados
Roteiro
- Lei prática dos três estados (conclusão):
o A lei prática dos três estados estabelece que a atividade é primeiro militar conquistadora, depois militar defensiva e por fim pacífico-industrial
o A afirmação plena da paz industrial requer o relativismo e a ciência, bem como a sua disseminação social e geográfica
§ A indústria por si só existe desde sempre
§ O trabalho e os trabalhadores têm que ser valorizados e dignificados
§ O domínio do homem sobre a natureza tem que ocorrer e isso só é plenamente possível por meio da ciência
§ O relativismo também tem que prevalecer, a fim de deixar para trás o absolutismo político e moral, a desvalorização da vida, o estímulo à guerra e à violência
- Sociologia Dinâmica III: os três estados dos sentimentos: família, pátria, Humanidade
o A lei dos três estados dos sentimentos refere-se não tanto aos sentimentos em si mesmos, mas aos âmbitos superiores de sociabilidade ou, em outro sentido, de vinculação social e afetiva
§ Há uma correspondência entre os âmbitos da sociabilidade e os sentimentos altruístas: família à veneração; pátria à apego; Humanidade à bondade
§ Além disso, há que se notar que, ao mesmo tempo, os âmbitos de sociabilidade têm diferentes fundamentos no que se refere à natureza humana:
· Família: vínculos afetivos
· Pátria: vínculos práticos (economia e política)
· Humanidade: vínculos intelectuais (religião)
o A seqüência família, pátria, Humanidade é rigorosamente histórica, embora, como ocorre com as outras leis dos três estados, seja necessário apreendê-la em grandes períodos temporais
§ Vale notar que mesmo em momentos de afirmação das pátrias ocorreram vislumbres da noção de Humanidade
· Isso é possível de notar nos gregos e, ainda mais, entre os romanos
§ Considerando o caráter masculino (e bélico) da palavra “pátria”, Augusto Comte sugeria a sua substituição, no estado normal, por “mátria”
o Uma particularidade da lei afetiva dos três estados é que ela, ao contrário das duas leis anteriores, permite a coexistência dos três estados
§ Essa coexistência evidentemente é compatível com a coexistência dos três instintos altruístas
§ No caso das duas leis anteriores, os estados preliminares têm que ser ultrapassados e convictamente deixados para trás: temos que ultrapassar e rejeitar o absolutismo teológico-metafísico e também o militarismo
§ A coexistência dos três estados afetivos não significa, todavia, mera justaposição: ela implica a subordinação sucessiva dos âmbitos de sociabilidade: as famílias subordinam-se às pátrias (ou mátrias) e estas subordinam-se à Humanidade
- Há alguns aspectos adicionais que devem ser indicados a respeito das leis dos três estados:
o Cada uma das leis indica uma tendência importante por si só, mas a reunião e a combinação delas elabora um quadro cada vez mais completo, complexo e específico da realidade histórica humana
o É fácil perceber que os três estados finais e os três estados iniciais são solidários entre si:
§ O relativismo, a noção de Humanidade e a atividade pacífico-industrial apoiam-se e são condições uns dos outros; inversamente, o mesmo pode ser dito do absolutismo, das sociabilidades inferiores e do militarismo
§ Em outras palavras, essa mútua solidariedade significa que a plena realização do estágio final de cada lei implica e exige a realização do estágio final das outras leis: por exemplo, a noção de Humanidade exige o relativismo e enseja a atividade pacífica
o As leis dos três estados correspondem a tendências gerais da evolução humana:
§ A idéia de tendência indica que elas são direções gerais, que variam em intensidade e mesmo em direção ao longo do tempo: assim, às vezes elas andam mais rapidamente, às vezes são mais lentas; às vezes vão na direção das leis, às vezes sofrem recuos temporários
§ Augusto Comte usava a imagem das curvas assintóticas, que tendem para uma posição no infinito, mas que nunca chegam plenamente ao limite indicado
§ No limite, todos os povos seguirão voluntariamente as leis dos três estados; mas, em todo caso, diferentes temperamentos e necessidades conduzem a comportamentos diversos à daí a necessidade da pressão coletiva em favor das leis, seja a pressão temporal (política), seja a pressão espiritual (intelectual e moral)
Curso livre de política positiva: vídeo da 12ª sessão
18 maio 2022
Curso livre de política positiva: vídeo da 11ª sessão
Curso livre de política positiva: roteiro da 11ª sessão
Reproduzo abaixo o roteiro da undécima sessão do Curso livre de política positiva, ocorrida no dia 17 de maio, transmitida no canal Positivismo (disponível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=h-gFTVJE63s) ou no próprio canal Apostolado Positivista (disponível aqui: https://www.facebook.com/ApostoladoPositivista/videos/373899144707386/).
Nessa seção, continuei a exposição sobre a Sociologia Dinâmica, abordando em particular, a lei prática dos três estados. Além disso, também fiz referência à data que Augusto Comte indicava como a fundação da Religião da Humanidade (16.5.1845) e ao nascimento de Luís Lagarrigue (16.5.1864).
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Súmula
Sociologia Dinâmica II: a lei dos três estados da atividade: guerra conquistadora, guerra defensiva, paz industrial
Roteiro
- Recordação de datas históricas: aniversário de Luís Lagarrigue (16.5.1864)
- Recordando alguns elementos da sessão anterior: as leis dos três estados são leis sociológicas, tanto explicativas quanto “compreensivas”
o A formulação final da lei intelectual dos três estados, afirmando o relativismo, acaba religando de maneira clara o final da carreira de Augusto Comte com o seu início, quando afirmou que “tudo é relativo, eis a única verdade absoluta”
- Sociologia Dinâmica II: a lei dos três estados da atividade: guerra conquistadora, guerra defensiva, paz industrial
o A segunda lei dos três estados estipula que as grandes civilizações e, de maneira mais ampla, a Humanidade passa por três etapas em suas atividades práticas: as guerras de conquista, as guerras de defesa e a atividade pacífica e industrial
o Essa seqüência é ao mesmo tempo lógica e histórica e é ilustrada de maneira particular no Ocidente pela sucessão Grécia, Roma, Idade Média, modernidade:
§ As guerras de conquista estabelecem um território amplo unificado; em seguida, as guerras de defesa protegem externamente o território conquistado, que, internamente, busca a paz; por fim, as relações internacionais deixam de lado as guerras para cederam lugar à paz
§ A história de Roma chega a ser didática no que se refere à passagem das guerras de conquista para as guerras de defesa: essa alteração ocorreu justamente quando a República cedeu lugar ao império; Júlio César foi o grande nome dessa transição (muito mais que Otávio Augusto)
o A mudança do padrão de comportamento coletivo, da guerra para a paz, implica necessariamente mudanças de valores e de “mentalidades”: a honra cede lugar ao conforto, o trabalho passa a ser valorizado, a vida passa a ser valorizada, a cooperação substituição a disputa
§ A escravidão, o militarismo, a violência, o butim cedem lugar ao trabalho livre, à tolerância, à busca de consenso e de mediação, às trocas e às dádivas
§ Os exércitos cedem lugar à polícia para a manutenção da ordem pública
o Estritamente nesse esquema, a guerra tem um caráter civilizador
§ Com “caráter civilizador” o que se quer dizer é que, nesse esquema, a guerra desempenha um papel histórico, ao permitir que o ser humano desenvolva-se e caminhe para a paz
§ As guerras de extermínio anteriores (por exemplo, as guerras indígenas) e as guerras de conquista posteriores (por exemplo, o imperialismo europeu) não entram nesse esquema
· As guerras tribais não têm papel civilizador (o que não significa que não desempenhem nenhum papel cultural e/ou político)
· As guerras modernas de conquista não colaboram com a paz nem estimulam o desenvolvimento humano, apenas a violência, o egoísmo coletivo e a rapacidade
o No âmbito estritamente nacional, as guerras apresentam um caráter altruísta e as habilidades próprias à liderança são facilmente perceptíveis
§ Essas duas características tornam ambíguas a guerra, especialmente no período moderno e em comparação com as atividades industriais, em que o caráter altruísta e as habilidades necessárias para o bom cumprimento das responsabilidades industriais são menos evidentes
o De qualquer maneira, vale em relação às atividades militares e pacíficas a observação geral de Augusto Comte: as concepções impassíveis de comprovação estão sempre próximas das ordens indiscutíveis
§ Ou seja, o absolutismo filosófico está sempre próximo do autoritarismo e da violência e, inversamente, o relativismo está próximo da tolerância e da possibilidade pública de discussão
11 maio 2022
Curso livre de política positiva: vídeo da 10ª sessão
Curso livre de política positiva: roteiro da 10ª sessão
Reproduzo abaixo o roteiro da décima sessão do Curso livre de política positiva, ocorrida no dia 10 de maio , transmitida no canal Positivismo (disponível aqui: https://youtu.be/v3lXqJ5Ahec) ou no próprio canal Apostolado Positivista (disponível aqui: https://www.facebook.com/watch/live/?ref=watch_permalink&v=2458462924293644).
Nessa seção, iniciei a exposição sobre a Sociologia Dinâmica, expondo algumas das particularidades dessa seção da Sociologia, abordando as leis dos três estados e, em particular, a lei intelectual dos três estados. Além disso, também fiz referência à fundação da Igreja Positivista do Brasil (11 de maio de 1881) e ao 13 de maio, celebrado na IPB como afirmação da raça negra na composição do Brasil e como celebração do grande Toussaint Louverture, general, ex-escravo e proclamador da independência e da república do Haiti.
Súmula
Sociologia Dinâmica I: os três estados da inteligência: teologia, metafísica, ciência e positividade
Roteiro
- Comemoração de datas:
o 11 de maio: fundação da Igreja Positivista do Brasil, em 1881, a partir da Sociedade Positivista do Brasil
o 13 de Maio:
§ Data celebrada pelos positivistas como celebração da raça negra, simbolizada por Toussaint Louverture, libertador do Haiti
§ Não por acaso, foi feriado nacional entre 1890 e 1930: “fraternidade dos brasileiros” (de acordo com o Decreto n. 155-B, de 14 de janeiro de 1890, revogado por Getúlio Vargas em favor do 1º de Maio)
- Sociologia Dinâmica:
o Estudo das mudanças cumulativas por que passam as sociedades ao longo do tempo
§ Assim, é aqui que se afirmam e desenvolvem as noções teórica de historicidade humana e metodológica de filiação histórica
o É o campo de estudo que permite, via abstração, a constituição da Sociologia Estática
§ Na Filosofia positiva Augusto Comte observa que é na e por meio da história que as instituições da Sociologia Estática revelam-se
o Há duas condições preliminares para a Sociologia Dinâmica: (1) o próprio desenvolvimento histórico e, a partir daí, (2) o acúmulo de materiais historiográficos
§ A História, entendida como disciplina acadêmica, é fonte de dados brutos para a Sociologia; portanto, nesse sentido, a Sociologia é superior à História, ao mesmo tempo em que se baseia nela à daí decorre que os sociólogos não são historiadores, embora tenham que ter em mente o caráter histórico fundamental do ser humano
- Leis dos três estados:
o São leis descritivas e dinâmicas do ser humano
o São os princípios fundamentais do Positivismo como um todo
§ Embora cronologicamente a lei dos três estados tenha sido o princípio do Positivismo e seja um pressuposto teórico-metodológico, de um ponto de vista lógico (ou doutrinário) ela é uma parte pequena e que pode e é apresentada só no meio das exposições doutrinárias
o Elas apresentam um caráter “compreensivo”, no sentido dado a essa expressão pela sociologia metafísica alemã, ou seja, elas correspondem a princípios de interpretação da realidade
o Inicialmente Augusto Comte concentrou-se nos aspectos intelectuais (daí o surgimento da lei “clássica” dos três estados); depois, considerando a natureza humana tríplice, percebeu ser possível e necessário estabelecer leis correspondentes às outras partes da natureza humana
§ Vale notar que, embora seja evidentemente possível estudar sociologicamente os sentimentos, a Sociologia em si mesma estuda as ações e as idéias (ou seja, a política, a economia e as idéias), ao passo que os sentimentos são mais cuidadosamente estudados na Moral (isso é indicado na Política positiva)
- Lei dos três estados da inteligência:
o “Toda concepção humana passa por três estados – teológico, metafísico e positivo –, com uma velocidade proporcional à generalidade dos fenômenos correspondentes”
§ Aspectos a destacar: “concepções humanas” e “generalidade dos fenômenos”
§ Lei complementar à lei dos três estados: a classificação das ciências
§ O conceito de “metafísica”: transição (entre diferentes tipos de teologia e entre a teologia e a positividade); corrosão das teologias; manutenção do caráter absoluto
o Augusto Comte modificou ao longo do tempo o enunciado; por exemplo, “teológico” antes era “fictício”; “metafísico” era “abstrato”; “positivo” era “científico”
§ A idéia da positivação dos conceitos já era considerada por Turgot, em meados do século XVIII
§ O que Augusto Comte fez foi formalizar, desenvolver muito e aplicar sistematicamente essa concepção
o Além das alterações terminológicas – que, por si sós, já indicam mudanças conceituais –, na época da redação da Síntese subjetiva Augusto Comte passou a formalizar uma subdivisão do estado positivo, distinguindo a positividade da cientificidade
o No final das contas, a lei dos três estados pode ser entendida não como a sucessão teologia-metafísica-positividade, mas como a sucessão relativismo/absolutismo-absolutismo-relativismo
04 maio 2022
Curso livre de política positiva: roteiro da 9ª sessão
Súmula
Sociologia Estática VII: teoria do governo: o poder Espiritual (concl.)
Roteiro
- Referência a algumas efemérides:
o Dia do Trabalho (1º de Maio)
o Celebração dos Apóstolos da Humanidade, no calendário de celebrações da IPB (4 de Maio, data da transformação de Jorge Lagarrigue (1854-1894))
o Prédica inaugural do Apostolado Positivista da Itália (4 de maio de 2022)
- Teoria do poder Espiritual (concl.):
o O meio de atuação própria do poder Espiritual – ou de sua forma institucional, que é o sacerdócio positivo – é o aconselhamento, ou seja, ele modifica as condutas subjetivamente
§ Essa atuação do sacerdócio constitui a opinião pública
§ O aconselhamento implica as ideias, os valores e os sentimentos
§ Há um paralelismo entre a atuação do sacerdócio na cité e a atuação das mulheres no âmbito das famílias: todos eles são conselheiros e modificadores da ação
o Na verdade, a atuação do poder Espiritual como afirmador subjetivo das vistas gerais pode ser desenvolvida em mais âmbitos:
§ Augusto Comte fala que ele deve atuar como um juiz: conselheiro, consagrador e moderador
§ O fundamento dessa atividade é a educação comum
· por um lado, isso permite que haja valores compartilhados
· por outro lado, isso permite que os valores sejam afirmados e mobilizados por uma corporação conhecida, reconhecida e respeitada
§ A educação comum fornecida pelo sacerdócio implica que o sacerdócio pleno tem que ter uma formação plena:
· A formação plena implica as vistas gerais e o relativismo; o conhecimento científico e histórico; o conhecimento artístico; a responsabilidade política
· Os meros cientistas, os meros artistas e até os meros eruditos são sacerdotes incompletos e, portanto, desempenham funções importantes mas subordinadas
· É errado igualar o sacerdócio aos professores e, ainda mais, aos jornalistas:
o No caso dos professores, eles não têm necessariamente as vistas gerais do ponto de vista intelectual, o que com frequência afeta as suas responsabilidades morais e políticas exigidas do sacerdócio pleno
o No caso dos jornalistas: com frequência, eles não têm necessariamente nenhum dos requisitos próprios ao sacerdócio (formação intelectual, integridade moral, responsabilidade política); a obrigação de escreverem qualquer coisa periodicamente torna seus escritos, com frequência, superficiais; por fim, eles beneficiam-se da superficialidade e vulgaridade moral, intelectual e política à assim, os jornalistas não são intérpretes nem elaboradores da opinião pública
§ O sacerdócio regula a vida privada e individual dos cidadãos, ao promover os sacramentos positivos
· Os sacramentos são de base moral, nunca política – ou seja, são opcionais, não obrigatórios (mas, quando aceitos, devem ser aceitos plenamente)
· Os sacramentos estabelecem a regulação e a periodização das vidas coletiva e individual em base heptenárias (em múltiplos de sete)
· Os sacramentos, em número de nove, são estes: apresentação, iniciação, admissão, destinação, casamento, madureza (ou maturidade), retiro, transformação, incorporação
§ No âmbito da política interna, o sacerdócio deve regular as relações sociais, evitando, moderando e conduzindo os conflitos sociais, mormente (mas é claro que não principalmente) os conflitos de classe e as disputas políticas
· A necessidade de autonomia do sacerdócio torna-se mais evidente nesses casos, a fim de que ele seja respeitado por todos e possa, dessa maneira, mediar e sugerir soluções para os conflitos
· As vistas gerais e a autonomia próprias ao sacerdócio, bem como a separação dos dois poderes, implicam necessariamente a vedação de o sacerdócio ocupar cargos políticos
o Na verdade, deveria ser estabelecida por lei a proibição de sacerdotes concorrerem a cargos políticos
§ No âmbito internacional, o sacerdócio também deve lidar com os possíveis conflitos, evitando as guerras e o colonialismo (e/ou o imperialismo)
· Para lidar com os conflitos internacionais, o sacerdócio deve afirmar a superioridade de vistas de conjunto em termos no presente (contra as guerras) e na história (contra o imperialismo)
o As responsabilidades do sacerdócio, portanto, são enormes:
§ Mais que qualquer outro poder, corporação ou (no caso dos sacerdotes individualmente considerados) ou indivíduos, seu comportamento tem que ser exemplar
§ Sua formação teórica, sua respeitabilidade moral, sua responsabilidade política devem ser superiores e é por meio desses elementos que eles devem ser julgados
§ As condutas exigidas dos cidadãos pelo sacerdócio devem ser exemplificadas pelo próprio sacerdócio
§ Considerando que o sacerdócio positivo é relativo e baseia-se na moral altruísta, além dos deveres de oferecer a educação, de administrar os sacramentos e de atuar como juiz, o sacerdócio deve sempre prestar contas públicas de suas atividades
· A prestação de contas refere-se tanto às suas atividades (quais foram e quais suas motivações) quanto às suas finanças
· Essa prestação de contas permite ao público avaliar se o sacerdócio efetivamente desempenha (e em que medida) as funções que lhe cabem, possibilitando, assim, que ele seja justificadamente respeitado e, portanto, apto a cumprir continuamente suas funções
· A prestação de contas, portanto, não é favor, mas obrigação do sacerdócio
o Augusto Comte e, depois, Miguel Lemos e Teixeira Mendes prestavam contas rigorosamente, por meio das suas “circulares anuais” e de outros instrumentos (como os prefácios do volumes da Política positiva, no caso de Comte)