17 dezembro 2015

Juiz "filho de Ogum" nega a laicidade do Estado

Sendo claro e direto: não importa se esse juiz é filho de Ogum, pai de santo, crente ou carola. O Estado é laico, ele está errado e ele foi contra a lei. Aliás, ele foi duplamente contrário à lei: (1) ao profusamente embasar sua decisão em motivos religiosos e (2) ao considerar como aceitável o apoio público a uma igreja.

Pelo jeito, o desrespeito ao Estado laico praticado pelos cristãos já contamina as religiões afrobrasileiras.

A postagem original encontra-se disponível aqui.

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ARMAS DE JORGE

Ao julgar construção de igreja pelo Estado, ministro recita Oração de São Jorge


Antes de começar o voto em que defendia que manifestações religiosas não ferem o princípio da laicidade do Estado, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, pediu licença. Queria recitar a Oração de São Jorge, aquela que fala das roupas e das armas de Jorge.
O caso discutia a construção da Igreja de São Jorge, no Rio de Janeiro, com dinheiro do Estado, autorizada pelo então governador César Maia. Napoleão, relator do recurso na 1ª Turma, foi o vencedor. Defendeu que o princípio da laicidade estatal não impede o Estado de promover ações em favor da religiosidade de uma comunidade.
“Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar”, entoou.
Depois, fez um retrospecto da história das religiões e das manifestações religiosas no Brasil. “Eu mesmo sou filho de Ogum”, disse, lembrando dos orixás do Candomblé para falar do sincretismo religioso no país. Ogum é o senhor da guerra e do ferro, comumente associado a São Jorge, o santo guerreiro da Igreja Católica.

 é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.

15 dezembro 2015

Comemorações de 228 (2016)

NOME
VIDA
CALENDÁRIO
J.-G.
384 ac-322 ac
Aristóteles
26.fev-25.mar
1266-1290
19 de São Paulo
8.jun
1547-1616
4 de Dante
19.jul
384 ac-322 ac
10 de César
2.maio
1466-1536
5 de Descartes
12.out
1723-1816
25 de Descartes
1.nov
253 ac-184 ac
12 de César
4.maio
129-216
5 de Arquimedes
30.mar
1516-1565
26 de Dante
10.ago
1737-1816
18 de Bichat
20.dez
1161-1216
21 de Carlos Magno
8.jul
1766-1844
20 de Gutenberg
1.set
1646-1716
21 de Descartes
28.out
1766-1817
24 de Dante
8.ago
254 ac-184 ac
16 de Homero
13.fev
1653-1716
6 de Bichat
8.dez
1564-1616
Shakespeare
10-set-7.out
1616-1703
9 de Bichat
11.dez
FONTE: Wikipédia; “Apêndice” de Apelo aos conservadores (autoria de Augusto Comte; Rio de Janeiro: Igreja Positivista do Brasil, 1899), organizado por Miguel Lemos.
NOTAS:
1.     As datas de vida foram pesquisadas na internet (basicamente na wikipédia), considerando que esse procedimento permitiria obter o que há de mais atualizado a respeito das diversas biografias; além disso, cotejaram-se essas datas com as disponíveis no “Apêndice” do Apelo aos conservadores.
2.     Letras maiúsculas em negrito: nomes de meses.
3.     Letras maiúsculas simples: chefes de semanas.
4.     Letras em itálico: tipos adjuntos, considerados titulares nos anos bissextos.
5.     Os artigos da Wikipédia foram selecionados basicamente em português, mas em diversos casos ou só havia em outra(s) língua(s) ou eram melhores em outra(s) língua(s) (francês, inglês, espanhol).