Estes dois manuais-coletâneas dão uma boa indicação das tendências contemporâneas das Ciências Sociais no Brasil, em que se privilegia cada vez mais o individualismo metodológico e o hipersubjetivismo, em que se toma a psicologia social como se ela fosse Sociologia e em que, resolutamente, rejeitam-se a idéia de uma "ciência" social e, incrivelmente, também a própria idéia de "sociedade".
Durkheim, Marx e Weber, desde que Talcott Parsons e Anthony Giddens assim o decretaram, são os "pais fundadores" das Ciências Sociais; mas os outros autores - Schultz, Simmel, Goffmann, até H. Becker e o Z. Bauman - representam esse hipersubjetivismo anticientífico (e anti-sociológico!) que se espalhou pela "ciência social" brasileira.
Assim, a ausência de Augusto Comte em ambos os manuais não tem absolutamente nada de acidental: incluir o fundador da Sociologia seria o mesmo que afirmar um viés ao mesmo tempo científico, histórico e que reconhece a autonomia lógica e teórica das Ciências Sociais.
Sociologia - essencial (http://www.companhiadasletras.com.br/penguin/titulo.php?codigo=85063#) |
Textos básicos de Sociologia (http://www.zahar.com.br/livro/textos-b%C3%A1sicos-de-sociologia) |
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