Eis as palavras de Paulo Augusto Proença-Rosa, filho do poeta, ao enviar o poema:
"Sem prévia declaração de guerra, os alemães invadiram a Polônia no dia 1 de setembro de 1939; alguns focos de resistência lutaram por vários mêses, mas a guerra defensiva acabou com a rendição da Grupo Operacional da Cavaleria Independente do Gen. Franciszek Kleeberg no dia 5 de outubro de 1939.
* * *
ODE À POLÔNIA
Não morrerás, Polônia! Imorredouros
São teus feitos e filhos do passado!
Gloriosa viverás séculos vindouros,
Pois teu rincão por todos é amado!
És formada das mais belas
E suaves melodias!
O teu céu é só estrelas
Que te banham de harmonias!
Mesmo que a vândala e desleal nação,
Com legiões de vis escrofulosos,
O solo teu profana com a invasão...
Os teus filhos encontrarão gloriosos!
Paderewsky, o profundo,
Brailowsky divino,
Andam por todo mundo
Espalhando teu hino!
Não morrerás, Polônia! é imortal!
Nas páginas sublimes da história,
Os povos guardarão tua memória,
Pois não te atingirá golpe fatal!
És a mãe da “Polonaise”,
Das sonatas de Chopin,
Por isso não há quem despreze
Tua desgraça também!
A pérfida nação que te invade,
Cheia de fúria e de inveja alvar,
Do seio teu um dia hás de expulsar,
E terás outra vez a liberdade!
Edgard Ramos de Proença Rosa
Rio de Janeiro/ Copacabana/ novembro de 1939