Um artigo de minha autoria acabou de ser publicado na
revista Mediações, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Seu título é
este: "Vontades e leis naturais – liberdade e determinismo no positivismo
comtiano" e está disponível neste endereço: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/19818.
Modestamente, esse artigo é importantíssimo para teoria
política e epistemologia (das Ciências Humanas e das Ciências
Naturais).
Eis o resumo e as palavras-chave do artigo.
Resumo: Nas Ciências Sociais, o "positivismo" de
modo geral implica naturalismo, i. e., objetivismo e determinismo. No
Positivismo comtiano, porém, as leis naturais são compatíveis com subjetividade
e historicidade, devido a uma série de motivos: (1) pressupõe-se a intervenção
humana (afinal, conhecem-se as leis para melhor agir); (2) as Ciências Sociais,
ou melhor, na terminologia comtiana, a Sociologia é uma das mais complexas
ciências e, portanto, é uma das mais modificáveis em suas aplicações e
manifestações concretas; (3) o acúmulo teórico, metodológico, histórico e moral
da Sociologia permite-lhe e até a obriga a modificar os métodos e as teorias
das Ciências Naturais. Assim, há amplos vínculos entre Epistemologia,
Sociologia e política prática, em particular via idéia de "liberdade de
ação", o que ordinariamente resulta na dicotomia determinismo-vontade.
Interessa aí o conceito comtiano de "vontade positiva": vista
inicialmente como teológico-metafísica, ela foi introduzida na fase mais madura
de Comte, em que a preocupação não era estabelecer as condições de
cientificidade e as características da Sociologia, mas já elaborar os termos
concretos da intervenção humana na sociedade e no mundo. Dessa forma, o
presente artigo apresentará as etapas do conceito comtiano de
"vontade", conforme exposto acima, relacionando-o também com o
conceito de "liberdade filosófica" (ou seja, a própria possibilidade
de intervenção humana no mundo).
Palavras-chave: Augusto Comte; Positivismo; leis
sociológicas; determinismo; liberdade; vontade.
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